COLUNA OBSERVATÓRIO. Enfim, a hora da emoção

Trololó eletrônico. No início, só “paz e amor”. Já nos 15 dias finais…

Até o instante em que este texto é redigido, desconhece-se pedido de direito de resposta no trololó eletrônico. Mas não é demasiado supor que isso possa acontecer. Como, aliás, é comum em reta final de campanha, em que os ânimos tendem a se acentuar e o nervosismo a tomar conta – não importa a posição ostentada nas pesquisas.

O primeiro terço da campanha no rádio e na televisão foi um “paz e amor” de dar nos nervos de quem gostaria de assistir a um pouco de debate. O segundo terço começo a ficar mais tenso. Afinal, se continuasse daquela forma, nada de diferente aconteceria e, enfim, o eleitor firmaria convicção apenas com o seu conhecimento anterior. Ou, como dizem os entendidos, “background”. Nesse caso, campanha pra quê?

Agora, porém, é diferente. Beeem diferente. Afinal, se está entrando no terço final do trololó em busca do voto de (prováveis) 150 mil votos válidos. A onça bebe água agora. Ou não bebe mais. E são exatamente oito programas (admitindo-se a repetição diária) até 4 de outubro, último dia da propaganda dos candidatos a prefeito.

Percebe-se, e isso é que levou à assertiva lá do primeiro parágrafo, que a agressividade (natural, cá entre nós) política (o colunista repete: política) se impõe. Especialmente para quem supostamente se considera atrás. É o que se verá, então. Os que terão que ser mais incisivos. E os que procurarão se defender, numa tática em que é proibido erro.

Bem, pode não ser muito agradável aos candidatos e aos seus apoiadores, mas ao menos, do ponto de vista do eleitor/cidadão/ouvinte/telespectador, haverá algo ainda não notado ate aqui. Desenhando: emoção a caminho.