COLUNA OBSERVATÓRIO. Os partidos que controlam as centrais sindicais e a greve dos docentes da UFSM

Deixemos claro: o colunista considera legítimo que partidos políticos e seus militantes procurem espaços. E até os criem, se for o caso, para mostrar sua vitalidade. Então, nada de preconceito em relação ao fato de agremiações comandarem centrais sindicais.

Tome-se a CUT, por exemplo, a maior de todas. Tem petistas na idealização, há muitos anos, e assim ocorre desde então. Já a Força Sindical é a presença do PDT na área. Aliás, um deputado federal influente, Paulo Pereira da Silva, é conhecido, não por acaso, como “Paulinho da Força”.

De poucos anos para cá, foi criada a Conlutas. Trata-se do braço sindical do PSOL e pelo PSTU, que um dia foram cutistas e, muitos de seus militantes, petistas. E se move, apenas, pelo interesse das duas agremiações. Uma das principais entidades vinculadas aos dois partidos é o Andes, o sindicato nacional majoritário dos docentes federais. E a Sedufsm, em Santa Maria, é vinculada ao Andes e se desligou da CUT.

Bueno, dito isto, já dá pra saber quem conduziu o movimento grevista nas universidades federais. Aliás, uma greve politicamente derrotada, pois que não alcançou os objetivos traçados pelos idealizadores nacionais, da Conlutas, do PSOL e do PSTU. Mas isso já é assunto para outra discussão, a ser travada pelos professores, com certeza. Inclusive porque há quem entenda o contrário. Isto é, que foi vitoriosa.

Muito simples? Talvez. Mas é isso. Gostem ou não as patrulhas.