Com o desbloqueio das contas gaúchas, por conta da dívida com a União, apenas na quinta-feira, há apenas 10 dias de arrecadação disponível para o pagamento dos compromissos do Estado, antes que agosto termine. O que isso significa, objetivamente? Que, segundo as contas mais otimistas, sobrarão cerca de 500 pilas para cada servidor público, até 31 de agosto.
Até porque, segundo fontes do Governo, há outras contas em atraso e que também precisariam ser pagas, até para que a máquina do Estado não pare de vez. Coisas como combustível, para ficar apenas num exemplo. Mas, e o salário dos servidores? Sem o troco dos depósitos judiciais (que José Ivo Sartori hesita em garantir, via Assembleia Legislativa, pelo menos por enquanto) vale conferir a informação que está disponível no blogue “Cenário Político”, da Rádio Gaúcha. O texto é de Matheus Schuch, com foto de Divulgação/Palácio Piratini. A seguir:
“Piratini não garante pagamento acima de R$ 500 para servidores
Os salários dos servidores estaduais, que foram parcelados no mês passado, novamente não serão pagos na íntegra no fim de agosto. Cálculos de técnicos da Secretaria da Fazenda apontam para o pagamento em dia de até R$ 500 por matrícula. A complementação viria ao longo do mês de setembro.
As contas do governo do Estado foram desbloqueadas ontem pela União, após quitação da parcela mensal da dívida, que é de aproximadamente R$ 265 milhões por mês. Com o cofre zerado, o Piratini terá apenas a arrecadação dos próximos dez dias disponível.
Antes dos salários, é necessário pagar R$ 290 milhões do duodécimo dos demais poderes (Legislativo e Judiciário), R$ 123 milhões de empréstimos consignados contraídos pelos servidores, R$ 60 milhões de despesas consideradas emergenciais que já estão atrasadas, além de R$ 57 milhõespara autarquias e fundações.
A decisão do governo é de protelar os repasses para a área da saúde, que somam aproximadamente R$ 133 milhões (hospitais e municípios), o valor destinado ao transporte escolar, de R$ 10 milhões, além de recursos para fornecedores, entre outros. Mesmo assim, a projeção até agora é de que os recursos não sejam suficientes para pagar mais de R$ 500 por matrícula…”
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