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INFLAÇÃO. Agosto teve maior índice do ano: 0,6%. Estiagem identificada como uma das possíveis causas

Como o sítio AQUI ainda na tarde passada, a inflação santa-mariense em agosto foi a mais alta do ano. É a constatação do Índice do Custo de Vida em Santa Maria, apurado pelo Laboratório de Práticas Econômicas (LAPO) do Centro Universitário Franciscano/Unifra.

0,6%. Esse foi o índice do mês passado. No acumulado do ano, a inflação alcança 2,95%. E nos últimos 12 meses, portanto o índice anualizado, temos 5,03%. Os números e suas circunstâncias foram avaliados pela equipe do LAPO, coordenada pelo professor Mateus Sangoi Frozza, tendo como analistas econômicos os professores Rafael Pentiado Poerschke e Taize de Andrade Machado Lopes. Confira o resultado, a seguir:

“Os preços dos produtos e serviços que compõem o Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM) mostraram uma aceleração em agosto de 2012. Depois de uma sequência de quatro meses de arrefecimento do indicador, os +0,60% registrados representam a maior alta no ano.No acumulado,o índice chega 2,95% e nos últimos 12 meses 5,03%. Este resultado, em parte, ocorre pela valorização das commodities (produtos primários com cotações internacionais), e pelo desequilíbrio ocasionado entre a oferta e a demanda, muito em razão da estiagem prolongada. Percebe-se que as reduções de impostos, vinculadas ao IPI, estão cada vez menos influentes na composição dos preços do Índice do Custo de Vida.

Dentre os grupos de produtos e serviços que apresentaram as maiores quedas no mês de agosto, encontra-se o grupo vestuário -0,10%, provavelmente decorrente de um ajuste nos preços da oferta de roupas de inverno, visando, sobretudo se adequar a demanda. Ressalta-se que as altas temperaturas verificadas para esta época do ano contribuíram para as liquidações e, consequentemente, para a queda dos preços. Os produtos com maior contribuição para o comportamento de queda nos preços foram: Agasalho (casado, suéter homens) (-17,9%), conjunto esportivo mulher (-16,0%), camiseta homens (-12,7%) e agasalho (casaco, suéter infantil (-11,9%). De outro lado, as maiores elevações também ficaram por conta da sazonalidade. A roupa de banho feminina subiu +18,9%, enquanto a bermuda masculina subiu +14,6%.

O grupo artigos de residência registrou deflação de -1,08%. Destaca-se a queda da aquisição de dormitório completo (-9,6%), aquisição de cafeteira elétrica (-8,4%) e aquisição de chuveiros e duchas elétricas (-8,2%). Em sentido contrário, verificou aumento na aquisição de guitarra (+8,9%) e na aquisição e máquina fotográfica (+8,2%).

Do lado dos grupos que apresentaram alta nos preços,o grupo transporte alcançou +1,32%. Destaca-se o aumento do rádio para automóvel (+15,5%), preço da gasolina comum (+4,9%) e o preço do diesel (+1,4%). Dente as queda verificadas a passagem de avião (-1,4%), preço do pneu (-9,7%) e do automóvel (-2,9%).

Já os componentes do grupo comunicação aumentaram, em média, +1,15%. Altas de preço forma encontradas no preço da aquisição de aparelho telefone celular (+ 20,03%) e na aquisição de aparelho telefônico convencional (+8,6%). Já os preços médios do acesso à internet apresentaram uma queda de (-1,4%). Em ambos os casos, tanto o aumento, quando a queda de preços verificada no grupo comunicação, estão relacionada ao lançamento de novos produtos em substituição aos antigos e a promoções vinculadas a programas de fidelidade, como no caso do acesso à internet.

O grupo saúde e cuidados pessoais apresentou uma variação de + 1,26%. Esse aumento é decorrente, sobretudo, da elevação do preço do remédio anti-infeccioso (+ 14,1%), aparelho de barbear descartável (+ 14,5%) e dos remédios anti-helmínticos (vermífugos) (+ 13,9%). As maiores baixas foram observadas nos remédios anti-anêmicos (-15,8%) e nas lentes de óculos de grau (-9,2%).

Embora o grupo alimentação não tenha apresentado a maior variação absoluta entre os grupos que compõem o ICVSM, os +0,73% registrados foram suficientes para gerar o maior impacto sobre o mesmo. O tomate (+26,3%) foi o vilão do grupo pelo segundo mês consecutivo. Subiram também os preços da moranga (+22,8%) e da melancia (+16,9%). As maiores baixas foram registradas no peixe (-9,9%), na água mineral consumida fora do domicílio (-9,8%) e no salame (-8,8%). Cabe ressaltar o comportamento de itens importantes para a cesta básica, como o arroz (-2,8%) e feijão (+7,6%), que apresentaram comportamentos distintos em agosto.

Os gastos com o grupo despesas pessoais variaram 1,13%, em agosto se comparado com o mês anterior. Este comportamento altista ocorre em virtude do reajuste do preço do brinquedo de plástico (+7,6%) e no corte de cabelo masculino e feminino (+5,8%). Entre as queda destaca-se a revelações de cópia de fotos (-9,0%).

No grupo educação permaneceu praticamente estável, variando positivamente +0,25% nos preços médios de alguns de seus componentes, destacando-seo aumento do preço da revista infantil (+3,3%). Finalmente, o grupo habitação (+0,14) foi influenciado pela alta dos preços da aquisição de alvejante (+12,9%) e fósforos (+10,8%).”

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