OBSERVATÓRIO. Olha o dindim – que não é pouco
O editor pesquisou, e publicou no seu site, a partir das informações disponíveis na pagina do Superior Tribunal Eleitoral, a segunda prestação de contas dos candidatos à Câmara de Vereadores.
Contando apenas os 35 com maiores arrecadações são mais R$ 330 mil. Se acrescentados os outros 180 concorrentes, o dindim arrecadado (e já registrado) passa dos R$ 500 mil.
Dentre os 35 maiores, quem mais arrecadou (e, diga-se, a declaração é totalmente de recursos próprios) anotou R$ 22,5 mil. O 35º declarou ter recebido R$ 4 mil.
Atenção: trata-se de prestação de contas parcial. A definitiva, só mesmo após a eleição. Mas já é possível antecipar, com alguma tranquilidade: os valores somados, de todos os mais de 200 concorrentes a uma vaga na Câmara de Vereadores, não deverá ser inferior a R$ 1 milhão. E mais: a manter-se a tendência, a grande maioria vai bancar, sozinha, os custos de campanha.
A prestação de contas oficial geralmente é uma absoluta mentira. Existe candidato que gastou mais de 500 mil em campanha anterior e declarou uma merreca. Só em aluguel de celulares gastou mais que o declarado. Se for somado o gasto com combustível dos trocentos carros de som e o tanque cheio oferecido graciosamente aos participantes das carreatas, estoura 3X o orçamento declarado.
Isso que não estou falando de aluguéis, material impresso, produção, festas, regalos, militontos pagos…
É uma piada, todos sabem que é uma mentira e fica por isso mesmo.
Não esquecendo que são raras as empresas que contribuem legalmente, sendo esse o principal motivo do declarado investimento pessoal.