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EDUCAÇÃO FISCAL. Corrupção é igual em qualquer lugar. O que muda é, por exemplo, a “sofistificação”

Cerca de 400 pessoas participaram do debate, na noite desta terça, no auditório da Fapas

O autor da frase segundo a qual a diferença está na “sofistificação” e também na “maturidade” é Fábio Valgas da Silva, chefe da Controladoria-Regional da União no RS, e que esteve ontem participando, no auditório Vicente Palotti, de debate sobre controle social e combate à corrupção.

Sobre o evento, que teve também a participação de outros debatedores locais, acompanhe material enviado pelo Programa Municipal de Educação, que apoiou o ciclo promovido pelo curso de Administração da Fapas. O texto é de Guilherme Benaduci. A seguir:

Debate sobre combate à corrupção lota auditório da Fapas

“Agora são pouco mais de oito horas, ainda é cedo em Brasília. Tenho certeza que, neste momento, tem alguém no gabinete da presidente reclamando dos órgãos fiscalizadores”, com essa fala, o chefe da Controladoria-Regional da União no Estado do Rio Grande do Sul, Fábio Valgas da Silva, iniciou o debate sobre controle social e combate à corrupção para as mais de 400 pessoas presentes no Auditório Vicente Palotti. A atividade, realizada na noite do dia 2 de outubro, fazia parte do II º Ciclo de Palestras do curso de Administração da Faculdade Palotina de Santa Maria (Fapas) e teve o apoio do Programa Municipal de Educação Fiscal (PMEF), que é desenvolvido pelas secretarias de Educação (Smed) e de Finanças (SMF).

Fábio Valgas ainda contou que o processo de corrupção tem a mesma gravidade do Rio Grande do Sul ao Amapá, do extremo sul ao extremo norte do país. “O que muda é a sofisticação e o grau de maturidade”, explicou ele. Segundo o chefe da Controladoria-Regional da União, a “vergonha na cara” está no âmbito da pessoa e temos muito pouco o hábito de compreender e tratar as coisas no coletivo. “Às vezes eu sou uma boa pessoa, mas sou um péssimo ser coletivo. Eu me preocupo com a limpeza da minha casa e não com a limpeza da rua”, exemplifica Valgas.

Em sua fala, o jornalista e radialista Vicente Paulo Bisogno salientou a importância em assumir compromissos, de não transferir as responsabilidade que cabem a si. “Precisamos nos amadurecer, principalmente no exercício da cidadania. E, às vezes, isso está muito mais perto de nós do que podemos imaginar. Essa é uma tarefa que é de todos”, explicou Bisogno. Segundo o jornalista, muitas vezes a mídia toma para si o papel de investigar a corrupção, mas sua função é informar, já que existem órgãos específicos para a fiscalização.

Henrique Guimarães de Azevedo, Defensor Público da União, quando questionado em relação a que procedimento a sociedade deve adortar para combater a corrupção, alertou “comece, escolhendo melhor os seus representantes”.  Além destes, participaram da mesa de discussões  o Prof. Ricardo Rossatto (FAPAS), a Profª. Olinda Barcelos (FAPAS) e o Acadêmico do Curso de Administração, Leandro Bellina (Presidente do Diretório Acadêmico do curso de Administração da FAPAS).

A professora da Fapas Cristina Helena Farias, que assistiu ao debate, contou estar satisfeita em ouvir representantes da Controladoria e da imprensa apontarem a educação como solução para o problema da corrupção. “Sabemos que a única forma de ascensão social de um povo é a educação”, expôs a professora. Ela ainda afirmou que a Educação Fiscal é uma das ações que podem contribuir, pois, através dela, as crianças podem aprender ainda na escola seu papel como cidadãos na construção de uma sociedade justa e solidária.

Veja algumas opiniões sobre o evento:

“Foi um excelente debate. Palestrantes de alto nível, que prenderam a atenção do público com colocações pertinentes e atuais. Foram levantados diversos problemas pelos quais passa nosso país, indo além do tema e enriquecendo a discussão.”  Ivanice Zanini Schultes – Agente Fiscal do Tesouro do Estado – 8ª DRE – Santa Maria

“O debate foi muito produtivo. A diverside de opiniões e pontos de vista enriqueceu o evento. No âmbito acadêmico, em geral, a formação dos estudantes tem ficado muito restrita aos conheciementos técnicos e científicos das suas áreas. As intituições de ensino, até por pressão do mercado de trabalho, tem formado os profissonais cada vez mais focados ao trabalho, ficando as oportunidades de desenvolvimento do senso crítico e da formação cidadã relegada a poucos momentos da vida acadêmica, com execção, naturalmente, dos cursos da área de ciências sociais. Assim, atividades extraclasse como esse debate, que instigam o desenvolvimento do ser humano, são fundamentais para que as pessoas hajam e reajam em busca da melhoria da qualidade de vida em sociedade.”  Elisete Kronbauer – Coordenadoria de Projetos e Convênios – Pró-Reitoria de Planejamento – Universidade Federal de Santa Maria

“Gostei muito, muito mesmo. Notadamente o Sr. Fábio e o Sr. Henrique conduziram com leveza os assuntos, sem perder a profundidade necessária levando em consideração a natureza do evento, cujo público era heterogênio. Porém, poderia ser, em outro momento talvez, algo mais aprofundado, tratando de um assunto específico dentro do tema “Corrupção”, por exemplo. Os organizadores estão de parabéns.”  Prof. Amilcar Bernardi – Conselho Municipal de Educação

“Muito satisfatória as explicações sobre os temas. Os representantes de cada tema debatido tiveram muita competência ao defender suas teses. Mais uma vez enfatizo a importância de debates desse gênero para nós, enquanto acadêmicos. E  é de meu maior interesse que haja vários outros “encontros” como esse.” Aline da Silveira Lopes – estudante de Direito da FAPAS”

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