CÂMARA. Com menos troco, adaptação orçamentária para bancar 21 cadeiras é obrigatória. E já há chiadeira

O troco, na verdade, é mais ou menos o mesmo. Não haverá redução, como se poderá comprovar no Orçamento a ser aprovado até o final de novembro. Mas, com retorno das 21 cadeiras, e o aumento de um terço em relação às duas últimas legislaturas, necessariamente um enxugamento terá que ser imposto.

Já há uma comissão, formada semana passada, para tratar do assunto. Fontes do editor no Legislativo dão conta do óbvio: terá que ser adaptado o orçamento a uma realidade diferente. Que, diga-se, é conhecida desde o instante em que se decidiu pela retomada da representatividade, através das cadeiras adicionais.

Ninguém diz oficialmente, mas já se sabe, por exemplo, que o número de assessores até pode permanecer igual – embora não se saiba exatamente onde trabalharão. Mas os recursos para pagá-los serão reduzidos. Logo, a tendência é a redução do número de CCs, para caber no troco.

Mais: as vagas hoje existentes, além das lotadas nos gabinetes dos edis, atualmente fixadas em 16, cairão para 12 – com a aglutinação de algumas funções ainda não definidas. Do ponto de vista administrativo, tudo ok. Inclusive porque outras medidas adicionais terão que ser tomadas. Afinal, ainda não há árvore de dinheiro.

Mas, politicamente, se instalam dois problemas que podem ganhar proporções inusitadas. Um deles: os atuais edis já se queixam da possibilidade de ter que dispensar gente. E os futuros querem as mesmas condições dos atuais. O outro: haverá menos cargos para distribuir no acordo a ser formado para dirigir o Legislativo.

Quer dizer, uma lambança de bom tamanho está a caminho. A conferir.