Mídia

OLHAR DE FORA. Dilma refuga presença e grandões da mídia não negam sua fúria. Mas tentam disfarçar

Acontece em São Paulo mais uma assembleia geral da Sociedade Interamericanda de Imprensa. Lá estão todos os barões da mídia, nos países do continente. A Presidente Dilma Rousseff, de última hora, refugou sua presença na abertura oficial. E não explicou as razões. Nem precisa, cá entre nós.

Mas isso levou o pessoal, mal-acostumado aos rapapés dos poderes que ele próprio contesta cotidianamente, a ficar nervoso. Ainda que disfarçadamente, não pouparam suas críticas nem tão de viés assim.

Aqui, mais que a opinião do editor, o sítio traz trecho de um artigo que é, item por item, chancelado por este escriba. Foi escrito pelo colunista da revista Carta Capital, Leandro Fortes.

Fortes, mais que um profissional de chão de fábrica, é também, entre outras funções,  professor e escritor, autor dos livros ‘Jornalismo Investigativo’, ‘Cayman: o dossiê do medo’ e ‘Fragmentos da Grande Guerra’, entre outros. Sua mais recente obra é ‘Os segredos das redações’. Acompanhe:

Acabou o Lexotan na Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP)

…Diante da cadeira vazia reservada a Dilma, os 600 participantes da assembleia da SIP sincronizaram um muxoxo generalizado, mas pelo menos se livraram da obrigação protocolar de respeitar a presidenta do País que os acolheu. Em poucos minutos, Dilma foi comparada ao general-ditador Ernesto Geisel e ao ex-presidente Fernando Collor, outros dois mandatários que se negaram a emoldurar, quando no Brasil, a feliz confraternização de empresários midiáticos do continente americano.

Até o final do encontro, espera-se que a presidenta seja igualada a Stalin, Hitler, Mussolini, Gengis Khan e Átila, o huno.

Embalados pelo medo do admirável mundo novo aberto pela internet, mas, sobretudo, unidos por um grau de descolamento da realidade muito próximo do delírio, os próceres da SIP vociferam em coro contra os governos progressistas aos quais, cada qual em seu canto americano, fazem oposição sistemática, partidária e, não raramente, golpista.

Temem, no detalhe, medidas como a Lei dos Meios, baixada na Argentina, que irá desmembrar, em breve, o império do Clarín, principal apoiador da sangrenta ditadura dos generais argentinos. No todo, se apavoram com a possibilidade de uma combinação capaz de disseminar, sobretudo na América do Sul, a ideia de um novo marco regulatório com poder de romper a hegemonia dos oligopólios de mídia e, enfim, criar mecanismos de democratização da informação – um direito humano imprescindível, mas negado desde sempre ao eleitor latino americano.

A tudo chamam de censura e, deliberadamente, misturam os conceitos de liberdade de expressão e liberdade de imprensa para que, justamente, não se discuta nem um, nem outro…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

 

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