OBSERVATÓRIO. Na Câmara, maioria vira minoria? Saiba por que há chance real para essa possibilidade
Num plenário ainda à espera da nova formação, o que sobra são ambições
Com maioria folgada conquista nas urnas, o fato é que os partidos da base governista se enredam nas próprias ambições. Todas legítimas, é claro, mas que visam muito mais ao interesse próprio do que ao coletivo. Não conseguem fixar parâmetros para uma decisão e, já há quem imagine, correm o risco real de perder o comando do parlamento a partir de 2013. Isso que têm 13 cadeiras contra mirradas oito da oposição.
Como é possível? Aparentemente, a questão dos Cargos de Confiança tende a ser equacionada. Os partidos grandões, PMDB e PP, indicam os dois CCs do primeiro escalão, cabendo ao presidente (seja quem for) a escolha do terceiro. As demais posições podem ser repartidas mais facilmente, entre a dupla graúda e os três outros, PTB, DEM e PDT. Então…
Então, o enrosco é memo a divisão da presidência pelos próximos quatro anos. Aí, a porca torce o rabo. Se o critério for pelo número de edis por bancada, PMDB, PP, DEM e PTB (não necessariamente nesta ordem) indicariam o comandante. Mas, se a coisa for pelo voto (e há muitos assim defendendo), o PDT e seu único, Marcelo Bisogno, teriam esse direito. Só que são quatro, e não cinco anos. Logo…
É nessa estrada mal-ajambrada, com cada vez mais óbvios interesses político/pessoais no percurso, que se percebe, na beirada, a oposição olhando de soslaio. Afinal, a menos que uma solução ocorra (há tempo, ainda), de repente, de repente, surgirá aí algum tipo de “acordo administrativo coerente”. Ainda que politicamente extravagante. Que ninguém duvide.
O que seriam os representantes do povo,na verdade representam os seus interesses,e brigam por cargos,e o povo OHHHHHHHHHH…..