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Súpers aos domingos.Conheça a íntegra da carta de Jairo Libraga, da Rede Vivo, enviada ao DSM

Antes que alguém venha com futrica (que isso tem, como bem sabemos, em profusão) esclareço de imediato que não se trata de qualquer afronta o que o Diário de Santa Maria publicou no sábado (e comentei aqui na segunda-feira). Como já estive em redação, e com a responsabilidade de racionalizar espaço, sei como funciona.

 

Jairo Libraga, diretor e um dos controladores da Rede Vivo, que defende, ao contrário de muitos de seus pares, a abertura dos supermercados aos domingos – o que é vedado, pelo menos até junho, por acordo entre os sindicatos empresariais e de trabalhadores – teve sua correspondência reduzida pelo DSM.

 

E isso, creia, é absolutamente normal e natural. Afinal, há que se administrar os espaços. E nem creio ter havido perda de conteúdo, com o trabalho feito pelo editor de opinião jornal. No entanto, como me chegou às mãos o teor integral da carta, e como o espaço aqui é infinito, considero oportuno republicar o material, agora na íntegra.

 

E, creia, vale a pena, na medida que expõe, com absoluta clareza, o sentimento de muitos supermercadistas – que não os que, pelo menos por enquanto, controlam o sindicato da categoria. Acompanhe, a seguir:

 

“Liberdade para trabalhar e consumir

 

Há algum tempo, Santa Maria convive com o fechamento dos supermercados aos domingos, uma situação anacrônica que traz prejuízos às empresas, aos trabalhadores e, sobretudo, aos consumidores e à cidade.

 

Para as empresas, fechar as lojas aos domingos significa reduzir o faturamento, cujas consequências óbvias são a diminuição dos investimentos e da oferta de postos de trabalho (ou mesmo o seu simples corte). Para os trabalhadores, já atingidos pela redução de vagas, lojas fechadas equivalem à perda de horas extras e de outros benefícios oferecidos para quem trabalhava no domingo e folgava em outro dia da semana. Para a cidade o prejuízo é imenso, pois sua imagem de cidade progressista e seu papel como pólo regional de compras e de serviços saem fortemente arranhados, sem falar na evidente perda da arrecadação de impostos.

 

Mas, quem mais perde, porém, são os consumidores. Vivemos na era da liberdade, onde as pessoas têm cada vez mais opções para exercer seus direitos, inclusive o de consumir. Fechar os supermercados aos domingos atinge diretamente este direito, cada vez mais exercido por pessoas de todas as classes sociais e de todos os lugares da cidade.

 

Se todos perdem, não existe sentido em insistir nesta experiência ruim. Por isso, a Rede Vivo defende o que sempre defendeu: dar liberdade para quem quiser trabalhar e consumir, respeitando os direitos trabalhistas e fortalecendo empregos e o papel de Santa Maria como cidade-líder da região Centro. E em tempos de crise, tudo isso certamente se torna ainda mais verdadeiro.

 

Somos favoráveis ao trabalho sério, ao desenvolvimento e às boas causas da comunidade. Por isso, convidamos todos a refletirem e agirem para restabelecer a normalidade do funcionamento dos supermercados aos domingos e os direitos dos consumidores de Santa Maria e da Região.

 

Jairo Libraga

Diretor Administrativo da Rede Vivo Supermercados”

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