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Olímpico: o que ameniza é o resgate da sua história – por Carlos Costabeber

(*) Texto redigido antes do Gre-Nal da tarde deste domingo, 0 x 0 , o último jogo no Estádio Olímpico Monumental.

Como bom gremista, não posso me furtar em escrever as últimas linhas sobre o Estádio Olimpico.

Se por um lado existe a tristeza com o fim daquele templo dedicado ao futebol, foi muito bom curtir tantas e tantas histórias que acabaram por vir à tona nos últimos dias.

O futebol mexe com a gente de uma forma que independe de idade, grau de cultura, posição social ou financeira. É uma “verdadeira cachaça”, mesmo nos tempos atuais, onde o dito “amor a camiseta” já não tem o mesmo significado do passado. Onde a rotação de jogadores é tão grande, que a gente logo esquece a escalação dos nossos times; ao contrário de então, quando os nossos craques tinham um vínculo profissional e afetivo que durava muitos anos.

Meu saudoso pai se dizia torcedor de times “tricolares”: Grêmio no Sul, São Paulo e Fluminense no Rio.

Por isso, acabei me tornando gremista, e consegui fazer com que meus filhos seguissem a mesma paixão tricolor.

Em razão de uma história de paixão futebolística pelo Grêmio, achei muito bom recordar aqueles momentos épicos, de superação, de arte, de euforia incontida. E de não querer recordar tantas e tantas derrotas e frustrações.

Mas é do jogo! Vibrar com as vitórias e as conquistas, e já no dia seguinte bradar contra o técnico ou contra o time, por uma simples derrota.

Por isso, não imagino o que estão perdendo, aquelas pessoas, que, como meus irmãos, não curtem o futebol. Claro que “cada-um-cada-um”, mas o futebol é algo tão sanguineo, que mexe com a vida da gente em maior ou menor grau.

Mas de tantas histórias sobre o Estádio Olímpico, a que mais me marcou (afora as grandes conquistas da Libertadores) foi quando o Grêmio conquistou em 1977 o título de Campeão Gaúcho.

A minha geração de gremistas lembra muito bem o sofrimento que passamos durante oito longos anos, quando o Internacional tinha um timaço imbatível, e que o levou a conquistar o Octacampeonato Gaúcho. Foi um período de humilhações constantes, mas que chegaram ao fim naquele dezembro de 1977, quando o centroavante André Catimba pôs fim a nossa longa agonia, levando o Grêmio a conquistar, com Telê Santana, o titulo tão sonhado de Campeão Gaúcho.

Aliás, lembro bem que o Telê ganhou do Grêmio, como prêmio, um automóvel Passat TS (mesmas iniciais do treinador).

Para resumir em poucas linhas o meu sentimento de dor pelo término de uma história que marcou a minha vida, tenho o consolo de poder ler, ouvir, ver e também escrever, sobre esse resgate que se fez ao velho Estádio Olímpico.

E que venha a nova Arena, com sua imponência e modernidade, sinalizando muitos anos de conquistas e de fortes emoções à nação gremista, espalhada por todos os recantos do mundo.

SALVE GRÊMIO, IMORTAL TRICOLOR!

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