IMPRESSÃO. Schirmer perdeu o bonde da reforma. E acaba, involuntariamente, incentivando a “plantação”

Os jornais da cidade (a mídia eletrônica, invariavelmente, vai atrás) têm produzido uma série de reportagens nos últimos 20 dias, acerca da reforma administrativa prometida e ainda não anunciada pelo prefeito. Este sítio, mesmo, várias vezes tratou do assunto – inclusive antecipando ideias a ele apresentadas pelo próprio Cezar Schirmer.

A demora, porém, em oferecer respostas ao público – especialmente o interno -, somada à informação de que não será beeem uma reforma, pois esta esbarra numa série de dificuldades, inclusive de natureza legal, acabou fazendo explodir as elocubrações. Normalmente nascidas no próprio Palacete da SUCV e em algumas reuniões de partidos dos considerados relevantes para a vitória de 7 de outubro.

A transferência do principal (embora ninguém saiba o que pode ser isso) para “abril ou maio”, com a consequente nomeação, só então, de secretários dessas novas (?) pastas, acabou por fazer transbordar o poço das lamentações. Isso, com alguns interesses bem específicos, e que miram 2014, deu a contribuição decisiva para o caldo de esculhambação verbal em que o processo se transformou.

O editor sabe, por exemplo, que o prefeito recebeu sugestões de nomes diversos daqueles que comumente frequentam as listas de “candidatos” a cargo de secretário. Viu com bons olhos, porque pretenderia uma renovação. Mas vai esbarrar no interesse dos partidos que lhe dão sustentação. Eis outro fator a atrasar o processo.

Sem falar noutros focos de pressão, que vêm dos candidatos a deputado, dos vereadores e seus interesses mediatos ou nem tanto e da própria existência de um grupo de pessoas que, no próprio Palacete, imagina poder influenciar.

Resumo da ópera: a intenção pode (e deve) ter sido boa. Mas o desenvolvimento da ação acabou retardado e provocando o que se vê na mídia, hoje. O quê? Um festival de chutes, plantação de nomes e situações, vindos de fontes que, não raro, apelam para a fofoca. Simples assim. Goste-se ou não. Ah, e o responsável? Claro que é o prefeito. Por mais boa intenção que tivesse, quando imaginou mudanças estruturais na sua gestão.

Como resolver? Ora, também é Cezar Schirmer que tem de encontrar o rumo. Imagina-se que conseguirá. Experiência, convenhamos, não é exatamente o que lhe falta.