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OUTRA FASE. Sobreviventes da tragédia de janeiro enfrentam uma dura luta para obter atenção à saúde

kiss seloQuando se escreve, inclusive neste espaço, que além das 241 vítimas que morreram, há um bom punhado delas que, sobrevivendo, enfrentam sérios problemas e precisam acompanhamento constante, há quem desdenhe. Sim, há.

Pois, creia, o problema de várias delas não terminou. E, mais que isso, em alguns casos até se agravou, e muito. O principal, aparentemente, é a falta de medicamentos. Mas existem relatos, também, de desconsideração, entre outros.

Essas e outras questões foram discutidas e relatadas em reunião ontem, e que permitiu ter no mínimo uma ideia do descaso. Para saber mais, confira o material originalmente publicado no jornal A Razão, com reportagem de Luiz Roese e foto de Rafael Dias. A seguir:

Depois de sete meses, as visitas cessaram, relatou Jarlene Moreira, uma das sobreviventes
Depois de sete meses, as visitas cessaram, relatou Jarlene Moreira, uma das sobreviventes

Sobreviventes da tragédia fazem relatos de dificuldades para atendimento

As pessoas que escaparam com vida da tragédia da Boate Kiss foram chamadas para uma reunião pela Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) para que relatassem as dificuldades pelas quais estão passando em relação aos atendimentos de saúde. Apenas 12 compareceram ao encontro na tarde desta quinta-feira, mas o que eles contaram, sobre o descaso que estão enfrentando, já foi uma boa amostra do que está acontecendo, quase sete meses depois do incêndio que causou a morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos.

Na reunião, que foi realizada no prédio da antiga reitoria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), um dos relatos mais frequentes era a respeito da dificuldade para se conseguir remédios na rede pública. Outros jovens falaram nos transtornos por terem de viajar a Porto Alegre e na demora para retorno de consultas e resultados de exames.

A vendendora Jarlene Spitzmacher Moreira, 27 anos, que perdeu na tragédia o marido, Leonardo de Lima Machado, 27, relatou que, nos meses seguintes ao incêndio na Kiss, recebia em casa a visita de psicólogos voluntários, até porque, depois de 18 dias de internação, saiu do hospital em cadeira de rodas. Ela evoluiu para o uso de um andador e, agora, caminha com muletas. Mas, nesse meio tempo, as visitas dos psicólogos cessaram.

Jarlene ainda tem muitas dificuldades de locomoção e pegou um ônibus pela primeira vez nesta semana. O que ainda está ocorrendo de forma regular, pela rede pública, é o atendimento por uma psiquiatra do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), a cada 15 dias. Outro empecilho se refere aos medicamentos…”

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2 Comentários

  1. A Associação deve seguir lutando politicamente sim contra a negligência, o mau governo, a incompetência, a propinagem, as gravações ‘assombradas’ e assombrosas. E o Município poderia começar finalmente a sua gestão, defendendo os interesses das vítimas e suas famílias frente à Justiça, ao Estado e à União. A não ser, claro, que não tenham nenhuma vontade ou capacidade para tal.

  2. Pois bem posto. Deveria ser esta a luta da associaçao … Diminuir as açoes politicas e se dedicar as demandas efetivas de seus associados com a cobrança do Estado (Uniao, Estado e Municipio) em cumprir com a obrigaçao de atender as necessidades de saude …

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