EDUCAÇÃO. Infraestrutura nas escolas é o principal problema apontado pelos secretários municipais
POR MAIQUEL ROSAURO
Pesquisa com os secretários municipais apontou as dificuldades na educação brasileira. O principal problema relatado foi a infraestrutura nas escolas. Leia abaixo na matéria da Globo/Andifes:
Pesquisa mostra dificuldades das escolas municipais
A falta de infraestrutura nas escolas públicas foi o problema mais citado por secretários municipais de Educação em levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação. De 3.410 secretários entrevistados – 61% do total no país -, 24,1% apontaram as insuficiências de infraestrutura, juntamente com dificuldades de conservação dos prédios, como principais problemas da respectiva rede municipal. Em segundo lugar, a não participação das famílias e da comunidade (16,2%), seguida pela dificuldade de inclusão de alunos com necessidades especiais (13,1%).
Na avaliação do presidente da Sedufsm, também diretor do ANDES-SN, Rondon de Castro, esses dados demonstram de que forma os diversos governos tratam a educação pública. “Faltam recursos para a manutenção dos prédios? Isso deveria ser um investimento básico dos governos. Se falta maior participação das famílias e da comunidade ou se falta inclusão dos alunos especiais é porque o poder público, responsável pela elaboração de políticas públicas, não cumpre sua parte”, destaca Rondon e complementa: “Só pode faltar recursos para as políticas públicas na área de educação se 44% do orçamento federal é usado para o pagamento da dívida pública.”
A pesquisa foi feita em 2010, ficou pronta no fim de 2011, mas só foi divulgada parcialmente na última segunda, 4, em encontro promovido pela União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e por fundações privadas. A aprendizagem abaixo do esperado foi mencionada apenas por 9,56% dos secretários e ficou em nono lugar, numa lista de 20 itens. Os secretários podiam assinalar mais de uma opção.
Indagados sobre as prioridades de sua gestão, 46,16% responderam que era a melhoria da infraestrutura – novamente, a opção mais citada. O aumento dos níveis de aprendizagem, nesse caso, ficou na segunda posição, com 45,25%, seguida da promoção de formação continuada de professores (33,37%).
Reformas
Para a presidente da Undime, Cleuza Repulho, a reforma dos prédios é hoje mais importante do que a construção de novos estabelecimentos. Mas, segundo ela, o Plano de Ações Articuladas (PAR) do Ministério da Educação (MEC) – pelo qual o governo seleciona e planeja repasses federais – não prevê dinheiro para reformar escolas.
Cleuza estranhou que a melhoria de aprendizagem tenha ficado em nono lugar entre os problemas mais citados. Por outro lado, essa foi a segunda opção mais assinalada pelos entrevistados ao mencionarem as suas prioridades.
“Qual é a função da escola? Aprendizagem abaixo do esperado precisa ser a prioridade número um do gestor”, disse a presidente da Undime, que é secretária de Educação de São Bernardo do Campo (SP).
Um dado que preocupa o governo é que 53% relataram não ter havido um processo de transição, por parte da gestão anterior, quando assumiram o cargo. Quase um terço deles – 31,4% – disse que exercia outra atividade remunerada. O salário médio nacional do secretários municipais em 2010 era de R$ 2.954,10, de acordo com os entrevistados. As mulheres eram maioria (72,3%), assim como os autodeclarados brancos (63,6%). A idade média dos secretários era 45,1 anos.
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