O papa é pop – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira
A banda Engenheiros do Hawaii nos anos 80 emplacou o sucesso O papa é pop. A letra repassa pela ideia de que todo mundo tá revendo o que nunca foi visto; todo mundo tá comprando os mais vendidos. Cantarolavam em rádios da época, o que hoje não poderia ser mais atual, em uma espécie de futuro anunciado, em qualquer nota; qualquer notícia; páginas em branco; fotos coloridas; qualquer nova; qualquer notícia; qualquer coisa que se mova. É um alvo! E ninguém tá salvo…
Os absurdos da semana, texto de Daiani Ferrari, publicado neste espaço, poderia ser os absurdos do mês, ou melhor, os absurdos de sempre, talvez, os absurdos dos mesmos. Poxa, sou dos mais otimistas, dos mais crédulos, mas os absurdos estão institucionalizados. A indecência é tanta que já não agride mais. Fato! Pois para mim, o ativismo digital, os discursos de redes sociais precisam muito mais propriedade. Revolta virtual mostra apenas o descontentamento. Pergunto? E na prática? Há ausência de um chamado, talvez também falte um líder. Eu quero mais do que discurso no facebook!
Salve os Engenheiros, cantaram para uma geração, a mesma geração coca cola que ouviu Legião Urbana cantar que nascemos programados a receber o que vocês nos empurraram com os enlatados. Bravejavam: somos os filhos da revolução, somos burgueses sem religião, somos o futuro da nação.
E aqui estamos todo mundo tá relendo o que nunca foi lido; tá na capa da revista; é qualquer nota; uma nota preta (…) É um alvo, ninguém tá salvo. Um disparo. Um estouro! Cansei! O mundo para diante do conclave, as pessoas abancam-se frente às televisões e aguardam a escolha do líder, do anjo, o paredão. Chamamos Chaves de ditador, e este leva multidões às ruas, choram, tristes… No Brasil, talvez os grandes políticos temam a morte, por que também temam a alegria do povo.
Vivemos o caos, maquiado por uma política suja, manobreira, oportunista e quieta diante de suas próprias mazelas. Assistimos a posse de corruptos, a desmoralização da ficha limpa, a raposa cuidar do galinheiro (o termo mais apropriado ao novo presidente da Comissão de Direitos Humanos)… e lá vamos nós.
Enquanto isso, o papa é pop! O Pop não poupa! Ninguém!
Vitor Hugo do Amaral Ferreira
facebook/vitorhugoaf
@vitorhugoaf
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