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TRAGÉDIA. Inquérito policial concluído. Tendência: mais de 20 indiciados. E algumas “recomendações”

A maior das tragédias. Não há como esquecer. Mas é preciso responsabilizar (foto A Razão)
A maior das tragédias. Não há como esquecer. Mas é preciso responsabilizar (foto A Razão)

Há 10 dias, o editor publicou a nota “TRAGÉDIA. Chute por chute, este sítio aposta que passará de 20 o número de indiciados pela polícia”. Era, digamos, uma RESPOSTA às especulações feitas pela mídia impressa acerca da mais diversas possibilidades de indiciamento, com base em fontes policiais.

Pois bem, são cada vez mais fortes as indicações de que, sim, haverá indiciamento de no mínimo 20 pessoas, entre agentes públicos e privados. Todos serão responsabilizados, em algum grau e por crimes diversos, com penas variáveis, pelo que aconteceu em decorrência dos acontecimentos da madrugada de 27 de janeiro, na boate Kiss. Mais: fontes jurídicas não descartam – ao contrário, acreditam – a possibilidade de haver “recomendações” de responsabilidade fora do âmbito do inquério. Desenhando: o alvo desse tipo de procedimento seriam autoridades com foro privilegiado.

Tudo isso, no entanto, tanto quanto há semana e meia, é especulação. Com maior ou menor dose de probabilidade, mas ainda assim sem confirmação oficial. O que se dará, apenas, a partir das 2 e meia da tarde, quando os cinco delegados que coordenaram as investigações e o próprio Chefe de Polícia do Estado explicarem o relatório que terá sido entregue meia hora antes, na 1ª Vara Criminal.

Depois, bem.. Depois, o inquérito passa a ser do Ministério Público. Que poderá fazer várias coisas. Uma delas: acatar o resultado na íntegra e denunciar todos os indiciados, pelos crimes apontados pela polícia. Outra: acatar parcialmente, afastando alguns dos indiciados. Uma terceira: solicitar novas diligências em alguns ou todos os casos. Uma quarta: com base no inquérito, denunciar não-indiciados. Como os casos de recomendação citados mais acima. Tudo isso é possível e ainda mais alguma coisa. Mas aí será com o MP.

O certo, porém, é que as atenções de Santa Maria e do planeta estarão voltadas para Santa Maria. Afinal, são 241 mortos e um número indeterminado de feridos, todas vítimas. E alguém ou muitos terão que ser necessariamente responsabilizados. O primeiro e fundamental trabalho é da polícia. E ele foi feito. Com a devida responsabilidade e competência. Todos reconhecem. Exceto, talvez, quem possa questionar o resultado. E ainda nesta sexta-feira se saberá, exatamente no local em que conviviam e estudavam 65 dos mortos, no Centro de Ciências Rurais da UFSM.

Sobre o que acontecerá dentro de poucas horas, e o método a ser utilizado pela polícia na sua apresentação, entre outras informações, o sítio sugere a leitura de material publicado na versão online do Diário de Santa Maria. A seguir:

Divulgação do inquérito do incêndio na Kiss não será aberta ao público

…A divulgação dos resultados da investigação do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, será exclusiva para a imprensa. Os delegados responsáveis pelo caso divulgaram no início da tarde desta quinta-feira que apresentarão o inquérito do caso só para os jornalistas no auditório Flávio Miguel Schneider, no Centro de Ciências Rurais, no campus da UFSM, nesta sexta-feira…

Antes de se reunirem com a imprensa, o delegado regional de Polícia Civil, Marcelo Arigony, que comanda as investigações do incêndio, irá até o Fórum de Santa Maria acompanhado do delegado Sandro Meinerz e de outros três policiais para entregar o documento à Justiça.

O comboio será composto por três viaturas que levarão os 52 volumes de papelada. Depois de passar pela 1ª Vara Criminal, a equipe vai para o campus. Às 14h30min desta sexta-feira, o chefe de Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Junior, iniciará a divulgação do inquérito.

Em seguida, Arigony falará por meia-hora sobre a investigação, com o auxílio de um material em Power Point. Depois, os cinco delegados que presidiram o inquérito estarão à disposição da imprensa para perguntas…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

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Um Comentário

  1. Pode até chegar a este número. Mas, se não me engano, os bombeiros respondem na justiça militar.
    E, para os que trabalham na prefeitura, por exemplo, a lei 8.429/92 que trata da improbidade administrativa diz no art. 11,II,” retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício”. Tem que ser provado o ato de ofício.
    Muitos elementos na imprensa criam expectativas com previsões erradas. Quando elas não se concretizam, errados estão os fatos, nunca a previsão.
    Mais ou menos como o circo armado em torno da Arena do Grêmio. Foi só o time titular entrar em campo no Gauchão e os problemas sumiram. Como diz o outro: você pode até não ser paranóico, não quer dizer que não tem alguém te perseguindo.

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