Pratos quebrados. Por que DEM e PSDB não se entendem mais? A razão é, obviamente, política
Os bastidores políticos acompanham com atenção o bafafá que envolve a escolha do líder da minoria na Câmara dos Deputados. O cargo ficou vago com a morte do parlamentar gaúcho Júlio Redecker, do PSDB, que morreu no acidente com o avião da TAM, em 17 de julho.
De lá para cá, após um período regulamentar de respeito ao deputado, aliás respeitadíssimo, começou o tiroteio entre demistas e tucanos, ambos interessados na função. Que, como descobri, oferece vantagens objetivas e materiais (gabinete especial, funcionários, estrutura física ampliada, etc) ao titular. Mas isso, embora fundamental para uns e outros, é subalterno nessa discussão.
O que existe, hoje, é uma rivalidade fantástica entre os maiores partidos de oposição. Que já existe no Senado, mas avançou assustadoramente na Câmara dos Deputados, local em que os líderes de bancada do DEM (o gaúcho Ônix Lorenzoni) e do PSDB (o paulista Antonio Carlos Pannunzio) simplesmente não se falam.
As razões, noticia-se, seriam pendengas antigas que, agora, afloram. Ao ponto de um e outro tentar aumentar na marra a bancada, trazendo secretários nomeados em diversos Estados, tudo para, regimentalmente, garantir o cargo – destinado ao maior partido oposicionista. O DEM, aparentemente, ganhou a parada. Mas a história está longe de terminar e a fratura tem todo o contorno de se transformar em crônica.
Adivinha quem se borra de tanto rir dessa história toda? Ele mesmo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, afora já ter maioria folgada na Câmara, ainda assiste de camarote a polvadeira levantada pela brigalhada entre tucanos e demistas.
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a nota PSDB e DEM convivem com um pote até aqui de mágoas, de Tales Faria, na coluna Informe JB, do Jornal do Brasil, reproduzida no Blog dos Blogs.
Leia também a nota Oposição (2). Demistas e tucanos quebram os pratos também na Câmara dos Deputados. Eitcha!, que publiquei aqui na quarta passada, 23 de agosto.
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