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Pesquisas. Confira números de levantamentos municipais feitos em 2004. E até mesmo um de 2003

Vou tratar do tema também na edição deste sábado, da coluna Observatório, que publico no jornal A Razão, e que você igualmente terá disponível aqui mesmo, pouco depois das 9 da manhã. Me refiro às pesquisas eleitorais.

 

Há quem as considere fundamentais para a tomada de decisões. E eu também. No entanto, é absolutamente necessário que se contextualizem os números. Se possível, inclusive, incluir o que os técnicos chamam de série histórica. Afinal, se a pesquisa é o retrato do momento, não se pode toma-la, necessariamente, como definitiva. Exceto, claro, a última. Ou nem ela – pois há casos notórios de erros inclusive na boca da urna.

 

Você quer ver como uma série histórica pode mudar toda uma história? Comecemos pelo fim. Ou pelo levantamento mais recente, no caso o publicado sábado passado pelo Diário de Santa Maria. O veículo contratou o Instituto Methodus, que entrevistou  600 eleitores entre 24 e 25 de setembro, um ano e 10 dias antes do pleito municipal de 2008.

 

Recuperando os números da pesquisa induzida, temos que José Farret (do PP), obteve 30,5% das intenções de voto. Seguiram-se Cezar Schirmer, do PMDB, com 26%, Paulo Pimenta, do PT, com 15,5%, Jorge Pozzobom, do PSDB, com 14,3%, Paulo Brandt, do DEM, com 0,5%, e Luiz Celso Giacomini, do PPS, com 0,3%.

 

No mesmo levantamento, apurou-se a rejeição, constatando-se que 34% não votariam em  Pimenta, 17% se recusam a apoiar Schirmer e 14% não elegeriam Pozzobom. Os demais índices de rejeição foram: Brtandt, 7,8%, Farret, 6,3%, Giacomini, 5%.  Não souberam ou não rejeitam qualquer dos concorrentes somaram 15,8%.

 

O PASSADO – Pois bem, tive acesso a cinco pesquisas (de quatro delas possuo cópia) realizadas em 2004, relativas à eleição daquele ano. Três delas, inclusive, registradas na Justiça Eleitoral. E ainda obtive os números de uma pesquisa feita em dezembro de 2003, pelo instituto Vox Populi, sob encomenda do PT, e publicada na mídia nacional daquela época.

 

Por ordem ascendente no tempo, registro a seguir os números encontrados em todos os levantamentos. Obviamente, não publico tooodos os dados, apenas os que facilitem o entendimento e se prendem ao objeto dessa nota, a eleição para prefeito. Ah, e os percentuais se referem, sempre, à pesquisa induzida (em que o eleitor recebe, do pesquisador, os nomes dos candidatos).

 

DEZEMBRO DE 2003 

Farret (PP) – 51%

Schirmer (PMDB) – 21%

Valdeci (PT) – 11%

Broncos e nulos – 3%

Não soube ou não respondeu – 15%

 

MARÇO DE 2004

Farret – 39%

Valdeci – 24%

Schirmer 21%

Buzatti (PTB) – 1%

Brancos/nulos – 5%

Indecisos – 11%

 

26 A 28/JUNHO/2004

Farret – 44, 2%

Valdeci – 20%

Schirmer – 19,5%

Alda Olivier (PSTU) – 1%

Odinei Gonçalves (PSB) – 0,5%

Brancos/nulos – 4,8%

Indecisos – 10%

 

25 A 28 DE AGOSTO/2004

Farret – 35,5%

Valdeci – 27,5%

Schirmer – 19,3%

Alda – 0,8%

Brancos/nulos – 2%

Indecisos – 14,8%

 

16 E 17/SETEMBRO/2004

Farret – 31, 8%

Valdeci – 29, 8%

Schirmer – 26,7%

Brancos ou nulos – 3,25%

Indecisos – 8,5%

 

28 DE SETEMBRO/2004

Farret – 33%

Schirmer – 33,1%

Valdeci – 32,8%

 

RESULTADO DA ELEIÇÃO DE 3 DE OUTUBRO:

Valdeci – 35%

Schirmer – 34,5%

Farret – 30%

 

RESUMO DA ÓPERA: nem sempre a rejeição de alguns meses antes é definitiva, o que vale para os mais rejeitados hoje; como também estar lá embaixo ou lá em cima significam derrota ou vitória amanhã. Há gosto para tudo. E a análise deve levar em conta os números (o que vale para todos). Mas não apenas ele.

 

Como disse, tratarei do tema, também, na coluna Observatório.

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