Sabe o financiamento público de campanhas? Bem, sobre esse já se sabia não haver qualquer entendimento. E a proibição de alianças nos pleitos proporcionais? Sim, havia dificuldades, como também em relação a voto distrital, listas partidárias, etc e etc.
Mas daí a acreditar que o único consenso entre os deputados federais e suas lideranças é sobre a coincidência das eleições (ainda que lá por 2022) já chega a ser demais. Bueno, com isso, vai às cucuias a possibilidade de uma reforma política minimamente digna. Não há qualquer entendimento. Exceto, claro, os particulares de cada agremiação.
Sobre mais essa tentativa frustrada, ainda que no âmbito de uma das Casas do Congresso, confira reportagem produzida pela Rede Brasil Atual, e publicada pelo jornal eletrônico Sul21. A seguir:
“Projeto de Reforma Política naufraga mais uma vez na Câmara
Sem acordo mínimo entre as lideranças partidárias da Câmara dos Deputados, o projeto que trata da Reforma Política foi mais uma vez engavetado. Em gestação há dois anos, a proposta previa, entre outros pontos, o financiamento público exclusivo de campanha eleitorais, o voto em lista para deputados e vereadores e o fim das coligações nas eleições proporcionais.
A objetivo de tais propostas, segundo o deputado Henrique Fontaba (PT-RS), era reduzir o poder de grandes grupos econômicos sobre as eleições, o parlamento e os governos, bem como fortalecer os partidos e seus programas.
Mas em reunião realizada na terça-feira (9) à noite a maioria dos líderes concordou com apenas um ponto menor, que trata da coincidência de datas nas eleições. Esse ponto consta da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 03/99, que seria levada à votação. A bancada do PT, porém, decidiu por unanimidade obstruir a votação.
“O PT quer votar a reforma e não fazer um arremedo de reforma. Para nós, o financiamento público, o voto em lista, e o aumento da participação popular com fortalecimento do referendo são elementos centrais se quisermos de fato fazer uma reforma profunda”, defendeu o líder do PT, deputado José Guimarães (CE). Ele disse ainda que, além da obstrução, a bancada do PT vai defender a posição do partido porque entende que é o melhor caminho para o país. “Mas não iremos votar a coincidência de mandatos”, declarou…”
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