OBSERVATÓRIO. Estrategistas da Prefeitura podem estar errando os cálculos. Afinal, falta “café no bule”
Na Legislatura passada, PMDB e PP, sozinhos, aprovavam o que queriam, na Câmara, com seus oito votos em 14. Passavam por cima, digamos assim. Mesmo quando perderam um, Marion Mortari (para o PSD), já no final do mandato, apêndices situacionistas estavam disponíveis para votar o que prefeito e vice quisessem. Foi assim durante quatro anos.
Agora, em 2013, a dobradinha que comanda o Executivo mantém os mesmos oito. Só que sobre 21 – o que é uma grande diferença. A bancada do poder inclui outras três siglas, que somam cinco cadeiras, o que significa garantia bastante razoável para a governabilidade, do ponto de vista administrativo.
No entanto, quando questões políticas estiverem em discussão, é bastante provável que diferentes ingerências, inclusive estaduais e nacionais, obriguem os governistas a intensa negociação e nenhuma garantia antecipada de vitória.
Sim, é a política. Mas há quem, no governo, não tenha avaliado bem a nova conjuntura. Assim, causam estranheza movimentos recentes (e que o leitor mais atento por certo percebeu) no sentido, por exemplo, de antecipar debates com nítido caráter intimidatório sobre parte da oposição.
Isso só funcionaria se toooodos os governistas fossem enquadrados. Não é impossível. Mas por preço político e administrativo (se me entendem) que o Palacete da SUCV não tem condições de pagar.
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