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PREFEITURA. Dificuldades financeiras já repercutem na ação político-administrativa. E não é pouca coisa

Os dados serão consolidados a partir do relatório do primeiro quadrimestre, a ser conhecido em meados de maio. No entanto, o dia-a-dia na Prefeitura já é feito de vacas magras, não obstante a receita registrada até a última sexta-feira, dia 22. Conforme o sítio da transparência, na página da Prefeitura da Internet, ENTRARAM nas burras municipais cerca de R$ 122 milhões, em números redondos.

Não, se você não tiver pelo menos o curso de técnico em contabilidade, melhor nem tentar entender aquele monte de números. Mesmo os antigos contabilistas encontram dificuldades para decifrar aquilo que, definitivamente, não facilita (como deveria ser) a consulta dos cidadãos comuns. Em todo caso, o troco que entrou é considerado baixo. Muito baixo, aliás.

E este é um grande (fundamental, quem sabe) componente nas desventuras de gestão da Prefeitura. E que complicam, inclusive, o cumprimento de um dever legal: a revisão anual dos salarios dos servidores públicos em geral, e da atualização do piso nacional dos professores em particular – porque o reajuste obrigatório destes é quase o dobro da inflação de 2012.

Derivam daí, inclusive, problemas de natureza política. Afinal, bem que o prefeito Cezar Schirmer gostaria, inclusive pelas já naturalmente complicadas relações com a comunidade, a partir da tragédia de 27 de janeiro, de apresentar um quadro melhor – o que o permitiria navegar em águas mais brandas também na área politico/administrativa.

O deficit orçamentário é considerado grave. E não há solução no curto prazo. Talvez nem no médio. Desenhando: serão tempos de vacas magras e investimentos curtos. E que serão possíveis apenas no caso de financiamentos já acordados. Um é o do Banco Mundial, um fato gerado ainda no governo anterior. E, como se sabe, causa verdadeira urticaria na Prefeitura ter que reconhecer que ainda trabalha com conquistas de Valdeci Oliveira e, neste caso, também da legislatura anterior. Outro é o PAC, recursos federais que, invariavelmente, vêm com o carimbo politico de outro adversário, Paulo Pimenta – grande articulador, por exemplo, da Travessia Urbana e seus R$ 309 milhões, mais de dois terços do Orçamento da comuna em 2013.

Como driblar essa situação? Ninguém sabe, ninguém sabe. E nem mesmo os puxa-sacos de plantão, boa parte deles concentrada no Palacete da SUCV, conseguirão melhorar o humor do Prefeito – se a arrecadação não aumentar. O que, neste momento, parece bastante improvável. Pior: enfrentará a pressão dos aliados, que só o que querem são os cargos prometidos. De fato. Ou de boca. Ou de ouvir falar.

Bueno, ganhar uma eleição também tem custo. E, como Cezar Schirmer sempre se disse o “síndico” da cidade, terá que dar um jeito. E administrar. Ou não. E aí arcará ele com o prejuízo. Não é assim a política? Sim, é. Também quando feita de números.

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2 Comentários

  1. Quero ver o síndico, encaminhar as soluções, que a comunidade nescessita.Logo agora que criou-se este Buraco Negro..Kiss, C.P.I, Tribunal de Justiça em POA..Censura de manifestações populares..isto e mais aquilo..

  2. Renúncias fiscais do governo afetaram o fundo de participação dos municípios. Muitos municípios pequenos terão problema até com a folha. E tinha gente querendo emancipar os Pains.

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