PREFEITURA. Partidos governistas já começam a se enervar. Reforma de Schirmer é feita à margem deles

Aparentemente, Cezar Schirmer não aprendeu nada com os últimos acontecimentos. Quem diz isso não é o editor (embora não desconsidere a opinião), mas um importante líder de partido de sustentação do governo na Câmara de Vereadores.

Por quê? Porque o prefeito segue com seu estilo de fazer política (e por que mudaria, afinal?) e se reúne com grupo bastante restrito de auxiliares, normalmente aqueles que não o contestam nem sugerem, mas apenas apoiam o que Schirmer diz. E assim é “bolada” a reforma administrativa a ser encaminhada ao Legislativo talvez nesta semana ainda.

O que isso significa? Muito. Ou nada. E aí já é opinião do editor. A proposta será inevitavelmente aprovada pelos vereadores (e alguns deles fazem parte desse grupo diminuto com os quais o comandante do Palacete da SUCV conversa e informa do que pretende) e será posta imediatamente em vigor.

Depois, será a vez de encontrar os nomes para compor o novo secretariado. Há informações (sempre de gente próxima, mas que, como todos, não influencia – é bom ressalvar) apontando que cerca de metade (de seis a oito atuais titulares) do primeiro escalão vai mudar. No entanto, dificilmente algum parlamentar será chamado, embora pelo menos dois ou três deles gostariam de trocar de assento.

Mas tudo isso beira apenas o terreno das hipóteses, quando não da mera especulação. Afinal, quem sabe, meeeeesmo, é o prefeito. E só ele. Sim, talvez seja o caso de concordar com essa liderança política: o prefeito não aprende, mesmo. E como poderia, se fala com tão poucos?

EM TEMPO: os partidos a que se refere o título desta nota são os que já estão no governo municipal. Mas também e sobretudo aos demais, aqueles que ajudaram (nem que seja com 20 segundos no rádio e na televisão) na campanha de outubro passado e que estão mais que ansiosos por ocupar o que consideram ser o seu quinhão no poder na comuna.