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Observatório. Confira a versão original da coluna publicada neste sábado, 14 de fevereiro

“POÇO DE RESSENTIMENTOS PRONTO PARA EXPLODIR”

 

 

APOSTE – não demora muito e explode o poço de ressentimentos que já começa a se criar, fruto da cada vez mais notória deferência prestada a um candidato ao pleito de 2010. Por enquanto, só o que há é um barulhento silêncio em nome da unidade.

 

 

 

“MEDALHAS E QUETAIS, NA MIRA DE MACIEL”

                       

 

 “Pretende-se reduzir em muito mais da metade o número de homenagens prestadas com a proposição. Para isso, reuniremos os vereadores da Mesa Diretora num curto prazo e posteriormente passaremos ao esclarecimento dos demais vereadores”.

As palavras do parágrafo anterior são, literalmente, do presidente da Câmara, João Carlos Maciel, em material enviado por seu gabinete à imprensa na última terça-feira.

 

Se a declaração de intenção do parlamentar se transformar em realidade, a comunidade agradece. A coluna se reserva ao direito, porém, de esperar para ver.

 

 

 

“NA DISPUTA PELO PALÁCIO PIRATINI, SÓ FALTA É DEFINIR OS COADJUVANTES”

 

 

Parece cada vez mais evidente que, em 2010, o eleitor gaúcho terá três candidatos competitivos ao Governo. Um é Yeda Crusius, do PSDB. Outro será do PMDB, provavelmente José Fogaça – ou quem sabe Germano Rigotto. E o terceiro nome virá do PT. Provavelmente Tarso Genro, mas não é prudente, se tratando do petismo, descartar Olívio Dutra.

 

É em torno desse trio que deverão gravitar os demais partidos, dos relevantes (PP e PDT) aos nem tanto, como DEM e PSDB. Aliás, é essa a única grande dúvida que resta: o posicionamento dos coadjuvantes. Que, afinal, poderão definir o pleito.

 

 

 

“UMA INTERESSANTE ALIANÇA PRÓ-SANTA MARIA”

 

 

Estava prevista para o final da tarde desta sexta (portanto para depois do fechamento desta coluna) uma visita do prefeito Cezar Schirmer, do PMDB, e do deputado federal Paulo Pimenta, do PT, pelas redondezas santa-marienses. Objetivo: verificar “in loco” as possibilidades de trajeto do anel viário, projeto encaminhado inicialmente pelo petista e que tem boas chances de realização. Desde que, claro, as questões técnicas sejam encaminhadas adequadamente e no prazo mais curto possível.

 

Schirmer e Pimenta dão um bom exemplo de como devem se comportar adversários diante de uma circunstância maior: o bem estar da comunidade. Só o que se espera é que esse mesmo comportamento, de resto bastante superior dos dois líderes, seja seguido pelos escalões inferiores da política municipal.

 

O prefeito santa-mariense, inclusive, e como deve ser, dispôs-se a colaborar para que o maior número de Chefes de Executivo estejam em Santa Maria nos dias 5 e 6, datas em que Pimenta promove encontro no auditório da Cesma, com a presença de técnicos de pelo menos meia dúzia de ministérios, além de um ministro, Tarso Genro.

 

Que essa aliança em favor da cidade e da região seja permanente.

 

 

 

“BOM PUNHADO DE CARGÕES ESPERAM TITULARES”

 

 

Se aproxima a data em que o prefeito terá que escolher, convidar e nomear os secretários ainda faltantes no primeiro escalão. E já passou da hora, murmuram alguns corredores do Centro Administrativo, para a confirmação oficial daqueles que já estão trabalhando, no segundo e terceiro escalões, sem o correspondente troco mensal.

 

Afora centena e meia de posições não preenchidas nas médias chefias e em outras repartições há um bom punhado de cargões à espera de titulares. Entre eles, especialmente, as secretarias de Desenvolvimento Econômico, Proteção Ambiental, Habitação e a de Ações Comunitárias (que o prefeito anunciou em dezembro que seria criada).

 

 

 

“EM POLÍTICA, SONHOS, SIM, PODEM VIRAR REALIDADE”

 

 

A seção “Não custa lembrar”

 

 

Em 14 de janeiro de 2006:

 

“As legítimas articulações em torno de um sonho – Faltam quase três anos para o pleito municipal. No entanto, no âmbito dos partidos, em Santa Maria, só o que se fala (e em alguns caso, se age) é em 2008. Os movimentos das lideranças se dão pensando apenas no sucessor de Valdeci Oliveira. O próprio PT só não atua mais, porque o próprio prefeito os constrange, na medida em que não é mais candidato.

 

Mas as ações são visíveis na oposição. As tentativas de união, para vários líderes a única possibilidade de derrotar o PT, esbarram no de sempre: intenções individuais ou partidárias…”

 

Hoje:

 

O texto acima é a parte inicial de nota publicada há exatos 37 meses. E a quase dois anos do pleito de 2008. Numa verdadeira obra de engenharia, o então (como agora) líder inconteste do PMDB, Cezar Schirmer, conseguiu montar ampla e vigorosa aliança de cinco partidos. E o sonho dele se realizou, escorado em muito na militância do PP e na popularidade de José Farret e Jorge Pozzobom, este do PSDB. O que isso significa? Que sonhos podem, sim, virar realidade. No caso, a vitória eleitoral. Agora, um segundo edifício tem que ser erguido e exige ainda mais do líder: governar, com essa ampla aliança.

 

 

 

“TRÊS PERGUNTAS QUE INSISTEM EM NÃO CALAR”

 

 

A seção Luneta

 

 

Candidato à Assembléia vem tentando cooptar vereadores da região da Quarta Colônia prometendo vagas de estagiários a serem empregados no programa Pró-Jovem, do Governo Federal.

 

Espera só o Ministério Público saber que tem gente esquecendo que esse tipo de “emprego” não é de livre nomeação. Ao contrário, a lei manda fazer concurso.

 

Aliás, o mesmo intrépido pretendente à deputação, arranjou uma boa confusão em Nova Palma com um já deputado estadual do mesmo partido.

 

Tudo porque tentou obter a adesão de um cabo eleitoral historicamente comprometido com aquele parlamentar. Que coisa! Virou um vale tudo, e ainda faltam 20 meses para o pleito.

 

Deputado federal Eliseu Padilha, secretário geral do PMDB gaúcho, aos poucos volta a influenciar (e muito) na sigla. E não apenas em nível estadual.

 

Foi, por exemplo, um dos coordenadores da campanha de Michel Temer à presidência da Câmara dos Deputados.

 

Fabiano Pereira é o novo presidente da Comissão de Serviços Públicos da Assembléia Legislativa. Um bom lugar, pela visibilidade, especialmente em tempos de campanha eleitoral.

 

Pré-lançamento da composição Paulo Burman e Marta Adaime, a dupla de oposição para reitor e vice, deflagra definitivamente o processo eleitoral na UFSM.

 

O próximo lance (não se sabe exatamente em que momento) deve ser feito pela chapa que vai representar a situação: o atual vice-reitor Felipe Muller e o diretor do centro de Ciências Rurais, Dalvan Reinert.

 

A pergunta que insiste em não calar: com quem Tubias Calil fará dobradinha em Santa Maria, se o PMDB da cidade não terá candidato a deputado federal?

 

Outra perguntinha barulhenta: com quem Jorge Pozzobom fará parceria em Santa Maria, se o PSDB daqui não terá concorrente a deputado estadual?

 

Mais uma estridente questão: com quem José Farret se aliará na boca do monte, se o PP da comuna não apresentará nome para a Câmara dos Deputados?

 

Tarso Genro faz aniversário em 5 de março. Estará nesse dia em Santa Maria e deve ser homenageado com jantar pela militância petista. Escritório do deputado Paulo Pimenta deve organizar o festerê.

 

Você também pode encontrar este colunista diariamente às 7h45, e ao meio dia, na rádio Antena 1; e a qualquer momento no site www.claudemirpereira.com.br.

 

 

 

“E A DISCRIÇÃO GOLEIA O ESPALHAFATO”

 

 

Farret, sem discursos, a

maior vitória do novo

governo, após 45 dias

 

Cezar Schirmer não tem queixas de José Farret. Nem deveria. Afinal, trata-se do grande fato positivo do governo, nos primeiros 45 dias. Não produz manchetes para si nem surge em fotos extravagantes. Mas, pego no contrapé pela febre amarela, obtém um êxito que divide com a administração: praticamente toda a população está imunizada.

 

Havia quem apostasse, este colunista na lista, que Farret rejeitaria a secretaria de Saúde. Quanto mais não fosse porque, se desse tudo errado, poderia eximir-se de responsabilidade. E, dando certo, independente do titular do cargo, o êxito seria do vice-prefeito. Enganou-se todo mundo, inclusive Observatório.

 

O diligente parceiro de Schirmer, na eleição, foi para a frente de batalha. E a está vencendo. Ao ponto de, se nada de mais grave acontecer, sairá da secretaria, em meados de 2010, para concorrer à Assembléia, com o prestígio sem arranhões. E podendo exibir acréscimos no atendimento à população mais carente – com a ampliação de horários e serviços, nas unidades de saúde.

 

Comentando a situação com dois observadores da política local, estes disseram: “mas quem está trabalhando, pois ninguém foi nomeado, é a equipe que já estava lá!”. Outro mérito de Farret. Se funcionava, ótimo. É só ampliar. Sem discursar.

 

E, para fechar esse mês e meio de administração, o vice ainda contabiliza outro elogio. Bem ao seu estilo, e diferente de outros integrantes do governo, dados ao espalhafato verbal, mais que às ações efetivas, Farret assumiu discretamente a prefeitura por quatro dias. E ninguém notou. O que é bom., certamente reconhece Cezar Schirmer.

 

 

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