KISS. Alô, alô, políticos que se borram de medo da “Errebeesse”. Ela assumiu posição sobre a tragédia

Os políticos morrem de medo da “Errebeesse”. E ela sabe disso, aliás, do alto do quase monopólio midiático eletrônico e da grande influência de seus veículos impressos. Não é incomum o beija-mão, pode estar certo, caro leitor. Faz parte. Para o bem. E para o mal.

Por exemplo, a tragédia de janeiro. Até aqui, salvo espasmos, vindos de repórteres atilados, e que escapam ao controle editorial, a cobertura do pós-evento era quaaase oficialista. Alinhada à preocupação com não comprometer quem está no poder. Seja aqui ou na capital. Isto é, governos municipal e estadual estavam a salvo. E todo mundo ficava feliz.

Pois é. Mas hoje houve uma grande mudança nisso tudo – a partir da decisão do Tribunal de Justiça que liberou os réus presos e, especialmente, pelas manifestações dos familiares das vítimas.

Como se sabe disso? Ora, basta ler o editorial principal do jornal Zero Hora e doDiário de Santa Maria. Foi dado o sinal. Acabou a complacência com os poderes. Daqui e de lá. Está duvidando? Então confira esse trecho (no final, há o link para a íntegra) específico do texto (os grifos são do sítio) que mostra oficialmente a posição da empresa acerca do que está acontecendo. Aí, você tira a própria conclusão. O editor já tem a sua. E a explicou acima. A seguir:

“Sensação de impunidade…

…Neste contexto, a liberdade provisória de pessoas que tiveram participação direta no evento, como demonstrou a investigação policial, só pode causar revolta e desolação. Temem os promotores públicos e os familiares dos mortos que um ou outro acusado possa aproveitar-se da liberdade provisória para evadir-se do país. A retenção dos passaportes parece cautela insuficiente para evitar tal possibilidade.

A responsabilidade, portanto, está com a Justiça. E o que se espera dela é que aja com celeridade e firmeza para julgar todos os envolvidos, inclusive as autoridades e servidores relapsos que se omitiram de suas obrigações de fiscalizar, contribuindo significativamente para o infortúnio. O país inteiro acompanha atentamente este episódio que causou comoção nacional. Por isso, é muito importante que tenha um desfecho exemplar.

Equivocam-se os juízes se pensam que o curto período de tempo transcorrido já cicatrizou as feridas dos familiares e amigos dos mortos. Essa dor é eterna. Mas só se tornará insuportável se as pessoas que já perderam tanto também se sentirem desamparadas pela Justiça.”

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