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(Re)começou (2). Não falta o que votar, de importante. Tanto na Câmara quanto no Senado

É evidente que, na mídia grandona (e na que se acha), sobressai o escândalo. Qualquer que seja ele. Há sempre um a alimentar páginas de jornal e minutos de rádio e televisão. E não há o que fazer contra isso. Primeiro, porque é notícia. Segundo, porque é notícia que interessa ao consumidor.

 

Portanto, que ninguém se preocupe: o caso de Renan Calheiros com a moça jornalista, e tudo o que disso decorre, voltará a ocupar o seu espaço. Como também, se prepare, loguinho um outro nome estará “na crista da onda”: Gim Argelo (que nomezinho!!!), o suplente daquele outro santinho, o Joaquim Roriz, assumiu. E ele está mais sujo do que pau de galinheiro. E irá direto para o Conselho de Ética – com direito a holofotes para senadores sequiosos de (mais) glamour televisivo ou fotográfico.

 

Mas, mas, mas… Para além da podridão, há coisas importantes sendo discutidas no Congresso. Vitais, até. E que não se resumem às (importantes) CPIs do Apagão Aéreo. Exemplo? Falta o Senado discutir e votar as Medidas Provisórias do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o que já foi feito pela Câmara dos Deputados. Em seguida elas trancam a pauta na “Câmara alta”. E serão votadas.

 

Aliás, sobre caos aéreo, tem a questão das agências reguladoras. A ANAC é a que ficou mais conhecida. Mas também tem a ANEEL (energia elétrica) e a Anatel (telefonia). E outras, menos conhecidas. E todas estarão sendo tratadas pela Lei Geral das Agências Reguladoras. O projeto tramita há três anos, mas só agora (você sabe por que, claro) será de fato discutida. Inclusive para eventualmente reduzir o poder de seus conselheiros.

 

Pode-se citar, ainda, a questão da CPMF. Há quem queira acabar com ela. Ou redistribuir os resultados. Ou torná-la permanente. Que tal? E as reformas tributária e política. E muito mais. Tudo importante. Que, se deputados e senadores quiserem, podem tornar o semestre muito interessante. Claro, se eles quiserem.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira a  reportagem “O futuro das agências reguladoras”, de Lucas Ferraz, Lúcio Lambranho e Sylvio Costa, do Congresso em Foco.

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