Forrobodó logo ali. Aos 27 anos, petismo discute o próprio intestino, no seu 3º Congresso
Vai feder. Aí, desculpa a escatologia, a explicação para o uso da expressão intestino. Mas é o fato. O Partido dos Trabalhadores, com 27 anos de vida, e que tem como presidente de honra Luiz Inácio Lula da Silva, nunca esteve, desculpa o lugar comum, numa encruzilhada tão cheia de problemas como a que enfrenta hoje – inclusive com várias de suas cabeças (históricas) coroadas, enfrentando julgamento no Supremo Tribunal Federal.
Há duas teses predominantes – outras existem, mas são subalternas na correlação interna – e que serão discutidas no 3º Congresso Nacional do partido, que começa sexta e vai até domingo, em São Paulo. Com a presença de mais de 900 delegados, inclusive Fernando Menezes, de Santa Maria, eleito no finalzinho de junho.
Uma das propostas, embora a palavra não tenha sido mais utilizada, é a da refundação do PT. Muitos gaúchos ilustres da agremiação a defendem. Inclusive adversários locais, mas na vanguarda nacional da proposta de refazer o partido em novos moldes. Nomes? Tarso Genro, Raul Pont, Olívio Dutra.
Outra, que tem entre seus defensores os chamados líderes do Campo Majoritário, ainda a maior corrente interna do PT, com cerca de 40% dos delegados eleitos ao Congresso de São Paulo, prega, como escreve o jornalista Josias de Souza, uma autocrítica. O que, convenhamos, é bem menos do que refundar um partido. Seus defensores, para citar dois nomes, são José Dirceu e Ricardo Berzoini, o atual presidente.
Não se pode afirmar, antecipadamente, o que vai acontecer, conclusivamente. Mas um fato é óbvio: a discussão será acirrada e, muito provavelmente, a sigla, na sua cúpula (dirigentes em geral), estará dividida. Como isso vai se resolver? Como sempre, no petismo: no voto. Inclusive para a presidência da sigla, em que os filiados é que resolverão. Provavelmente no início do próximo ano.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a nota PT faz 3º Congresso sem tirar mensalão do armário, do jornalista Josias de Souza.
Leia também o texto Petismo. Congresso expõe, no voto, força de cada corrente interna do PT na boca do monte, que publiquei em 2 de julho passado.
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