CulturaDestaque

CULTURA. “Palhaças na Universidade”, livro e tanto

Obra da Editora UFSM traz pesquisas sobre palhaçaria realizada por mulheres

Por Gustavo Salin Nuh (com ilustração de Luiz Figueiró) / Da Revista Arco/UFSM

“Os textos destas pesquisadoras trançam com delicadeza e precisão os tempos do passado, do presente e do futuro, para retratar o universo em expansão das mulheres palhaças”. Essas palavras são de Maria Brígida de Miranda, professora da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), e fazem parte do prefácio da obra Palhaças na Universidade – Pesquisas sobre palhaçaria feita por mulheres e as práticas feministas em âmbitos acadêmicos, artísticos e sociais.

A organização do livro, que tem quinze capítulos, foi proposta em 2018 na mesa de debates ‘Mulheres na academia’, no festival internacional ‘Esse monte de mulher palhaça’. Ana Wuo, professora do curso de Teatro da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e Daiani Brum, doutora em Teatro pela Udesc, ficaram responsáveis por reunir pesquisas que abordassem a atuação de mulheres como palhaças, artistas e pesquisadoras.

Afinidade com a temática não faltou para as organizadoras. Ana Wuo começou a fazer cursos de palhaçaria durante o período de graduação na Unicamp, na década de 1990. Daiani Brum teve seu primeiro contato com a arte palhacesca durante o bacharelado em Artes Cênicas (2012) pela UFSM.

Para Ana Wuo, a palhaçaria não é só a arte do fazer rir ou do rir de si, mas também é uma profissão que possibilita trabalhar com as ingenuidades, fragilidades e inadequações do ser humano frente à vida. Além disso, Wuo destaca que esse livro “possibilita abrir um espaço para que as práticas feministas possam ser divulgadas tanto no âmbito acadêmico quanto no artístico”.

Daiani Brum identifica a palhaçaria como “um espaço em que muitas corporeidades têm a possibilidade de estabelecer suas narrativas e sua comicidade”. A ideia da obra é discutir ainda mais sobre esse tipo de riso: não somente o que se dirige a outra pessoa e se utiliza de fragilidades, mas que também enaltece a força das pessoas e traz uma melhor convivência com o ser diferente. A existência do Palhaças na Universidade está atrelada a esses fatores e almeja romper a invisibilidade e as dificuldades de exercer o protagonismo da mulher na profissão.

Mulher, negra e palhaça

O artigo “Palhaça Negra: palhaçaria como hackeamento dos racismos e ruptura de grilhões”, escrito por Adriana Patrícia dos Santos, é o texto que abre a obra Palhaças na Universidade. A pesquisa apresenta uma perspectiva fundamentada nas experiências da autora enquanto palhaça negra. Adriana afirma que “falar de palhaçaria feminina e/ou da mulher palhaça se faz cada vez mais urgente nos
dias atuais, e falar de palhaça negra é uma intersecção fundamental nesse debate”. Ela também destaca que as discussões sobre as diversas expressões da mulher palhaça se intensificaram e com isso há a ressignificação dos legados da prática palhacesca, “sobretudo criando recentes abordagens cômicas a partir da demanda de seus próprios corpos e experiências”

PARA LER NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo