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A revolução dos centavos – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira

Ontem em Porto Alegre, enquanto assistia aula de introdução ao direito chinês, palavras de ordem confundiam-se à doutrina de Confúcio. Do confuncionismo à confusão.

Da aula, dizia-se que Confúcio promoveu a ideia da moralidade pessoal, a qual se estendia ao governo. Os princípios de Confúcio tinham sua base nas tradições e crenças chinesas comuns. Favorecia a lealdade familiar, reverência aos mais velhos, respeito com as crianças. Imortalizou a expressão “não faças aos outros o que não queres que façam a ti“, uma das versões mais antigas da ética da reciprocidade.

Da rua, ouvia-se um movimento legítimo (falo da maioria organizada e apta a protestar, e não da minoria que depreda e vandaliza). Os protestos já somam bem mais que os R$ 0,20 iniciais. São outras as questões que motivam, estamos diante de reivindicações por mais qualidade de vida, isso passa pelo custo do transporte, pela construção de metrôs, corredores de ônibus, qualidade.

Acredito que depois das Diretas Já, do Impeachment do Presidente Collor, estamos presenciando uma nova tomada das ruas em proporções inimagináveis. Creio que mesmo os organizadores não tinham noção exata da proporção. A organização por redes sociais mobilizaram as principais cidades do país e agora replicam ações no interior.

Próximo passo, construir uma fala comum, dar identidade revolucionária-propositiva e disso pautar exigências. Trazer à tona a indignação da sociedade frente à inoperante massa política, economia, falta de segurança.

A (in)tolerância da (in)conveniência… Aos revolucionários, quando jovens são tidos como inexperientes, imaturos e inconsequentes; quando mais velhos malucos e desocupados… A ironia é que quem tenta rotular é geralmente quem se ocupa daquilo que conquistou por meio da revolução dos inconsequentes que pagam o preço por ter lutado pela causa certa, ao lado das pessoas erradas.

Pra pensar, os governantes que se dizem os revolucionários de ontem construindo o país; são hoje os controladores do que chamam de anarquismo. Inversão de valores, provaram do poder, e não adianta estar no poder, precisam mostrar que o tem. Está na hora das pessoas tomarem as ruas, discurso da balela não cola, ativismo virtual não muda nenhuma realidade. Enquanto o Brasil tenta dar lição à Europa de como ajudar a África, esquece de fazer a lição de casa.

A revolução dos centavos! Tal como o cofrinho que se enche pela economia de moedas, por certo, economizamos por muito tempo nossa indignação. Agora basta! Avante!

Vitor Hugo do Amaral Ferreira

[email protected]

@vitorhugoaf

facebook/vitorhugoaf

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2 Comentários

  1. Acredito ser muito mais do que a revolução dos centavos, é a revolução gota d’água: chega de OUTROS dizerem o que ‘eu’ devo fazer… chega DELES dizerem que fazem… Chega de ‘procuração’ prá ELLES agirem… QUEREMOS PARTICIPAR!!! Não, não estamos Maio-68, não estamos na Rive Gauche-Quartier Latin, a UNE virou pelega, mas o chão treme… Força! Avante! Deixem sua marca! “Soyez Réalistes, Demandez l’impossible… seja realista, peça o impossível!” Será que o Gigante acordou…? Como este velho coração está feliz…

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