CPI DA KISS. Pode ser o dia ‘D’. Ou do sepultamento. Ah, e edis já têm novo argumento para livrar Schirmer
A CPI da Kiss começa cedo seu trabalho, nesta quarta-feira. Será daqui a pouco, às 8 da manhã, no plenário da Câmara. Depois de quase duas semanas, mais uma sessão pública e com depoimentos considerados importantes. O primeiro do ex-secretário de Controle e Mobilidade Urbana, Marcelo Bisogno, atual presidente do Legislativo. O segundo do ex-secretário de Finanças (interino) em 2006, Werner Rempel, no momento o líder da oposição no parlamento da comuna.
Há grande curiosidade para saber o que vão dizer ambos. E, sobretudo, se lhes será perguntado algo. Afinal, esta não tem sido uma coisa habitual nos integrantes da CPI, todos eles governistas. E que já demonstraram, exaustivamente, que a Comissão não foi formada exatamente para investigar. Então, resta esperar para ver o que dirão, por conta própria, os depoentes.
Pode ser o Dia D, da CPI, dependendo das manifestações. Ou o do sepultamento definitivo, mesmo antes do relatório ser apresentado e, inevitavelmente, aprovado na Comissão e, depois, no plenário. Para essa tese contribui, inclusive, uma outra questão.
Até as pedras sabem que não há interesse algum no depoimento de Cezar Schirmer, o prefeito ora na Europa. Pois bem, com o pedido de ARQUIVAMENTO, feito nesta terça-feira, pela Procuradoria dos Prefeitos no Tribunal de Justiça, do indiciamento criminal de Schirmer, o pretexto para excluí-lo de falar está dado. É o mesmo já usado para não chamar quem poderia incomodar os propósitos da CPI. Como os réus, por exemplo.
Mas, atenção: não obstante o horário, de resto meio inusitado em se tratando de Câmara de Vereadores, a mobilização é grande na internet, para a presença de estudantes e familiares das vítimas. Eles podem fazer a diferença. Ou não. Vai se saber não demora muitas horas.
Bueno, caso utilizem o pedido de ARQUIVAMENTO feito pela Procuradoria dos Prefeitos no Tribunal de Justiça estarão tão somente aumentando a lista (que não é pequena) de contradições e subterfúgios, pois o aspecto CRIMINAL não é o alvo da CPI. Os aspectos administrativos e políticos, sim. E estes aspectos estão ainda em busca de elucidação.