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KISS, 5º MÊS. As sementes com os bons sentimentos dos jovens mortos. E o início das audiências no Fórum

kiss seloFamiliares e amigos das vítimas e toda a comunidade estão sendo convidados. Neste 27 de junho fecham cinco meses da tragédia que matou 242 jovens e feriu (com sequelas ainda imprevisíveis) pelo menos outros 600. A Associação dos Familiares das Vítimas, em sua página no FEICEBUQUI informa: a concentração será às 5 e meia da tarde, em frente à Catedral, na Avenida Rio Branco. Depois, se dirigirão ao viaduto Evandro Behr, onde acontecerá o já tradicional “minuto do barulho”, com palmas e buzinaço.

Como ocorreu no mês passado, serão soltados balões. A diferença é que, agora, em vez de balões simplesmente, eles conterão sementes de árvores nativas. A ideia é “germinar, através dessas sementes, uma porção de sentimentos bons e puros em nome dos parentes mortos”. Logo após, haverá uma caminhada até a Basílica da Medianeira, onde ocorre ato ecumênico.

Enquanto isso, nesta quarta-feira, iniciou a fase de inquirição de testemunhas no processo criminal que tem como réus os empresários Elissandro Spohr, o Kiko e Mauro Hoffmann, e os integrantes do grupo Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos.

Especificamente em relação aos depoimentos e ao que aconteceu no Fórum de Santa Maria, acompanhe material originalmente publicado no portal Terra. A reportagem, com texto e foto, é de Luiz Roese. A seguir:

Depoimentos de 10 sobreviventes da Kiss são assistidos por dois réus

Na audiência inicial, os reus Marcelo dos Santos e Luciano Bonilha (ao fundo), ambos sem terno
Na audiência inicial, os reus Marcelo dos Santos e Luciano Bonilha (ao fundo), ambos sem terno

Da metade da manhã até o final da tarde desta quarta-feira, 10 sobreviventes do incêndio na Boate Kiss deram depoimentos na primeira audiência do processo criminal do caso. Dos quatro réus, dois compareceram ao Salão do Tribunal do Júri do Fórum de Santa Maria: o produtor de palco de banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão, e o vocalista do grupo, Marcelo de Jesus dos Santos. Os outros acusados de homicídios qualificados com dolo eventual e tentativas de homicídio qualificado, os sócios da Kiss Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr, o Kiko, não foram à audiência.

Antes de começar os depoimentos, o titular da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, Ulysses Fonseca Louzada, autorizou o ingresso de mais assistentes de acusação no processo. Os advogados Itaúba Siqueira de Souza Jr. e Paulo Odilon Rodriguesa da Silva agora representam os familiares de duas vítimas que morreram na tragédia: Rogério Cardoso Ivaniski e Roger Barcelos Farias. O ex-defensor público Alvaro Nozzari foi contratado pela mãe de Thanise Correa Garcia e por dois sobreviventes. Já o advogado Pedro Barcellos defenderá os interesses dos pais de Igor Stephan de Oliveira, outra vítima que morreu. Como assistentes de acusação, eles acompanharão o advogado Jonas Espig Stecca, que já representa a Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria na ação penal.

O primeiro depoimento do dia foi de Giovana Peres Rist, que trabalhava como caixa na Kiss. Ela afirmou que não havia mais de 800 pessoas na boate na madrugada da tragédia. Como estava trabalhando perto da porta de saída, ela não ficou sabendo logo do incêndio. “Parecia que tinha dado um tumulto e as pessoas queriam sair sem pagar, com destilados e cervejas na mão”, disse Giovana.

caixa chegou a ver Kiko Spohr pedindo calma às pessoas logo que o tumulto começou. Ela também falou sobre as reformas pelas quais a Kiss passou, do final de 2011 ao início de 2012 e no final do ano passado. Giovana afirmou que as obras foram feitas por familiares de Kiko Spohr com a ajuda de funcionários da boate.

O segundo depoimento do dia foi do sobrevivente Saulo Maurício Rodrigues Preigschadt, que costumava frequentar a boate. Ele ressaltou a dificuldade para sair da casa noturna na madrugada de 27 de janeiro. “Havia pessoas que pisavam umas nas outras”, destacou. Preigschadt ainda disse que, quando o fogo começou, os músicos largaram os instrumentos e não avisaram nada a respeito no microfone. O rapaz ainda declarou que viu Kiko Spohr, sócio da Kiss, arrancando madeiras da frente da boate para mostrar onde estavam as janelas…”

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