KISS. Um artigo que coloca o dedo na ferida. E não esquece dos que, anotados pela polícia, seguem livres
Inicialmente, a mídia local (especialmente a eletrônica, mas também os jornais) era a mais visível das forças auxiliares, digamos assim, para um abrandamento da discussão. E digo isso com o maior respeito aos colegas. É o que penso.
No entanto, desde que a Errebeesse tomou posição, em EDITORIAL, após a libertação dos réus presos, mais gente começa a falar e escrever coisas diferentes. Algo que estava restrito, modéstia às favas, a pouquíssimos espaços, inclusive este. Para ser mais preciso, além do www.claudemirpereira.com.br, somente em sítios como o da Sedufsm (via Fritz R. Nunes) e o Terra (via Luiz Roese), era possível identificar uma cobertura mais identificada exatamente com o clamor por Justiça.
Mas há, claro, outras exceções. Uma delas, talvez a principal (por sua reconhecida capacidade e ser um sujeito com história no jornalismo e na luta por Justiça) seja Flávio Tavares. Confira, a seguir, trecho do artigo que ele publica hoje em Zero Hora:
“Convite para matar…
…A decisão do tribunal gerou justa revolta Brasil afora, mas alguns advogados a aplaudiram “pela rigorosa técnica”. Esqueceram-se que “a técnica” é só um dos instrumentos do processo, nunca um fim em si, e não pode sobrepor-se à Justiça. A técnica processual é como o bisturi do cirurgião _ deve levar a extirpar o tumor. Quando se afasta da realidade e transforma o formalismo em deus único, a Justiça deixa de ser justa e se torna vulnerável ao próprio crime que deve combater.
As perícias, testemunhos e documentos do minucioso inquérito policial mostraram que o “acidente” da boate Kiss foi um hediondo crime coletivo, com duas dezenas de implicados, todos acumpliciados sob o denominador comum do desleixo ou do lucro fácil. O Ministério Público atenuou as conclusões policiais e não denunciou o prefeito de Santa Maria e outros mais.
Agora, o crime se abranda ainda mais e passa a ser visto como se fosse uma infração similar às que cometemos no trânsito, uma simples transgressão à norma legal, não um verdadeiro holocausto. Sim, pois no velho rito judaico, holocausto era o sacrifício em que se queimavam as vítimas.
Não foi assim na boate Kiss?”
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O que aconteceu na Kiss foi crime.
Uma tragédia é algo que não é previsível, não pode ser evitado.
Já o que aconteceu foi crime, bastando ler o inquérito. Se os apontamentos relatados pelos fiscais da prefeitura fossem levados a sério, aquilo teria sido evitado.
E o vetor, de algumas mudanças de posições… é este tal de Claudemir.
O qual, insiste em informar, colocar artigos, opiniões dar espaços.
Modéstia às favas, mesmo.
Acho que nao há hipocrisia, ha desejo de que cada responsavel seja julgado pelo seus atos ou faltas deles. As pessoas estavam lá por cobfiar na fiscalizaçao, esta nao existiu ou foi ineficiente, havendo vitimas há crime.
Espero que todos sejamos mais exigentes no futuro, cobrando respeito ou mesmo evitando locais.
Tenho tendado entender toda a revolta dos familiares. Mas, quando se fala em clamor, ou uma revolta generalizada de justiça Brasil afora.
Como que se obteve esses dados? Segundo, a “Errebeesse”, faz questão de evidenciar essas discrepâncias, mas, não efatiza na questão do prefeito, dos fiscais da prefeitura, dos bombeiros. A coisa é lógica sê estava funcionando era por que alguem permitui e quem são essas pessoas. Porque não são também co-responsáveis? O mais engraçado é as pessoas tomarem para si o direito de fazerem justiça com a própria mão.
Outra questão é que eu tenho a liberdade de escolher o lugar onde ir, portanto também assumo a co-responsabilidade de fiscalizar esses locais e se não adotei essa prática sou um … Sabemos, de médicos, de policias, de advogados, professores que estavam neste local que deveria estar fechado. Me parece tudo isso uma hipocrisia.
o “acidente” da boate Kiss foi um hediondo crime coletivo, com duas dezenas de implicados, todos acumpliciados sob o denominador comum do desleixo ou do lucro fácil
Flavio Tavares..
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Flávio Tavares colocou o dedo e afundou. Necessário. Chega de impunidade