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CÂMARA. Sem projetos relevantes a votar, sobrou: bate-boca entre “aliados”, o que é ética, etc, etc, etc…

Com base no material produzido e distribuído pela assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores, de resto limitado, é preciso realçar – não obstante a notória qualidade dos profissionais que nela atuam – o editor não tem condições de confirmar a informação dada (e publicada) por um comentarista (Anderson) do sítio agora há pouco, na nota imediatamente anterior a esta.

No entanto, é possível dizer que se tratou de uma reunião quente, em que os episódios da ocupação acabaram por, inevitavelmente, fraturar relações políticas – para dizer o mínimo, no parlamento municipal.

Para que você tenha, no mínimo, uma ideia do que ocorreu, confira trecho do material da assessoria, com texto da Ana Bittencourt e Clarissa Lovatto Barros. Lá embaixo, o link para ler o restante. A seguir.

Manoel Badke (DEM) ao iniciar seu pronunciamento, o vereador pediu atenção do Movimento por Justiça. Manoel Badke reforçou que seus 2144 votos foram conquistados com as mãos limpas, tendo sido eleito por pessoas que acreditam na política séria e com responsabilidade… Em relação a ocupação da Câmara, o vereador entende que o Legislativo deveria ser preservado, assim como deveria ser preservada a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, afirmando ser favorável ao pedido de reintegração de posse, que não ocorreu. Sua atitude justifica a não assinatura de documento emitido pelos vereadores da base governista. Em comunicação de liderança, o vereador leu em tribuna uma procuração, assinada pelo presidente do Legislativo, autorizando o procurador Robson Zinn a ingressar com a reintegração de posse. O vereador Manoel Badke destacou o artigo 46, parágrafo 1º, do Regimento Interno, que define o presidente como representante legal da Câmara, cabendo-lhe zelar pelo prestígio e dignidade do Legislativo. Também comunicou ter conhecimento sobre boletins de ocorrência que dão conta de furtos no interior do plenário durante a ocupação, que durou seis dias…

Marcelo Bisogno (presidente) declarou que estava aguardando o momento oportuno para se manifestar acerca dos acontecimentos recentes, no entanto, devido a algumas colocações que ouviu, decidiu se pronunciar a respeito. Em programa na rádio Santamariense, o presidente reforçou que fez todos os esforços para chegar a denominador comum com a bancada dos Democratas, sem sucesso. Reforçou que os quase 9000 votos que fez garantiram a posse de alguns vereadores. Defendeu a sua posição que optou pelo diálogo, desde o primeiro momento da ocupação, declarando que quem participou da ocupação da Câmara era um público formado por pais e estudantes. Relatou que a documentação para a reintegração de posse estava pronta, mas optou seguir na linha do diálogo. Negou a existência de ‘terrorismo’ durante a ocupação, o que fez com que optasse não partir para a força militar. Destacou a atuação da OAB Subseção Santa Maria para garantir a tranquilidade do desfecho. Bisogno defendeu que a reintegração de posse não seria a melhor opção, em respeito aos pais e familiares que ainda estão muito machucados. O vereador relatou que enfrentou muitas dificuldades na questão política dos acontecimentos. Também foi aconselhado pela Brigada Militar para esgotar todas as possibilidades de diálogo a fim de evitar o desgaste ocasionado por uma possível desocupação. “Não estávamos tratando apenas com estudantes que entraram nessa Casa para exigir legitimamente seus direitos em relação ao transporte coletivo. Em qualquer lugar isso poderia ser resolvido com a reintegração de posse. Mas aqui em Santa Maria não”, afirmou. Marcelo Bisogno afirma que Santa Maria deu um exemplo, mostrando que é possível dialogar e manter a situação sob controle. “Entre a tragédia que poderia acontecer e um cargo político, optei por evitar qualquer ação de reintegração de posse”, concluiu.

Marta Zanella (PMDB) diante das manifestações que ocorreram no Legislativo durante os últimos dias, a vereadora se declarou favorável às reivindicações, sendo que os vereadores devem legislar em favor da população. Fez um questionamento em relação a partidos que antes trabalhavam juntos e atualmente trocam acusações entre si. A vereadora se questiona sobre onde estará a ética nesse momento. Defendeu a análise da ética caso a caso, em relação a padrões morais e de comportamento. Marta Zanella lembrou que ética é um compromisso sério e não um comportamento qualquer. Declarou que desde que ingressou na Câmara, adotou uma postura de aprender cotidianamente, em respeito às pessoas que lhe deram votos de confiança para representa-las. Em sua vida como professora aprendeu e ensinou que ninguém é melhor do que ninguém. Defendeu que os erros transformam e ensinam as pessoas. “Precisamos aprender com nossos erros neste momento. Não é nos apontando que vamos conseguir o respeito das pessoas”. A vereadora se pronunciou sobre o procurador jurídico Robson Zinn. “Conheço o Robson há alguns anos e somos militantes do mesmo partido. Conheço a conduta e a honestidade dele”, reforçou. Em sua leitura, a vereadora disse que as pessoas têm direito de reivindicar e se expressar, mas não pode concordar com a exoneração de Robson Zinn. Marta Zanella pediu aos demais vereadores que atentem para a grande injustiça que está sendo cometida na Câmara de Vereadores.  “A saída do Robson é a solução? Vai amenizar os problemas e a dor ou ele está servindo de bode expiatório”. Declarou estar pasma com tantas inverdades e acredita que o tempo irá promover a justiça. Ao final, se pronunciou a respeito do relatório apresentado pela CPI, parabenizando os vereadores integrantes da Comissão e compreendendo o desgaste enfrentado durante a condução dos trabalhos.

Admar Pozzobom (PSDB) garantiu que em momento algum teve algum problema com o procurador jurídico Robson Zinn. Afirmou ter relações próximas com Zinn, que é padrinho da filha do irmão, deputado Jorge Pozzobom. Declarou que entrou no debate dos últimos acontecimentos para defender a sigla do seu partido. Afirmou que em momento algum o PSDB cobrou a saída do procurador do Legislativo. Admar disse que apenas cobrou do presidente da Câmara uma posição. Criticou Robson Zinn pela sua atitude em tentar denegrir a imagem de Admar Pozzobom na mídia. O vereador defendeu que sua profissão não é ser político, onde ingressou por influência do irmão Jorge. À exemplo do vereador Manoel Badke, Admar declarou que seus 1752 votos foram conquistados com as mãos limpas. Declarou ter solicitado saída da Mesa Diretora por vontade própria. Também declarou que apoia o afastamento imediato de Robson Zinn, “porque não confio mais no procurador jurídico desta Casa”. Admar Pozzobom disse que só sairá da política quando o povo de Santa Maria decidir que não precisa mais dele no Parlamento…”

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9 Comentários

  1. Boaaa a “gravação” que tirou o sono de “alguns”…
    completamente SEM ÉTICA nenhumaaaaa…
    e SÓ pra lembrar esses “anjinhos” GANHAM SÓ uns R$ 10.0000,00 por mês…
    pra fazerem o que ???
    por nome em rua ???
    “eles” OCUPARAM a CMVSM pra baterem boca e falarem essas BARBARIDADES…defendendo uns aos outros… é um VERDADEIRO CIRCO “deles” SÓ…
    É NÃO TEREM O QUE FAZER…

  2. Emocionante o discurso da vereadora Marta Zanella, quase chorei.”Declarou estar pasma com tantas inverdades e acredita que o tempo irá promover a justiça” e “pediu aos demais vereadores que atentem para a grande injustiça que está sendo cometida na Câmara de Vereadores.”
    Ao menos uma alma boa a admitir as mentiras que lá são ditas

  3. Se o Zinn é um anjo porque aquele que se acha Deus em Santa Maria não saiu em sua defesa de forma imediata e pública? É,até no Reino dos céus há fogo-amigo

  4. O procurador da câmara deve representar o conjunto de vereadores de uma casa legistlativa.
    Portanto, é uma questão anti-ética o procurador ser presidente de um partido.
    Como o próprio nome diz, o partido político, representa idéias de uma parte da sociedade.
    E o Zinn atuou como presidente apenas de um partido.
    Defendeu o interesse partidário e de seu prefeito. E não atuou como procurador de uma casa que é proporcional. Isto é, tem representantes de todos os partidos.
    Isto contaminou o trabalho e a credibilidade da câmara.
    Portanto, é mais que uma necessidade ética ele ser afastado.
    É uma exigência da sociedade.É bom para a democracia.
    Vê-se agora o problema, pois ao sair, está atacando o presidente e vereadores de outros partidos.
    O que ele mostra com estas atitudes??
    Mostra muitas coisas e age como aquele jogador que é expulso e provoca os jogadores do time adversário para que um seja expulso também.
    Lamentável.

  5. Não tenho porque duvidar de quem defende o Zinn.
    Quem lhe é amigo só vê sua face amistosa e de ajuda.
    A política faz surgir esta camaradagem, fruto de empenhos… muitas vezes por cargos, clientes políticos, … acho o ambiente muito hipócrita, onde quem se apunhala o faz dizendo meu amigo.
    Quem for amigo do Zinn que o abrace, o ampare, ache outro lugar para ele esbanjar sua competência, o povo pediu que NÂO seja na câmara.
    Quiça o Schirmer o coloque no lugar do Mânica, relações de governo- Zinn NOTA 10
    Comunicação_ Zinn NOTA 10
    Transparência- Nota 10
    Daí Schirmer, este é teu bruxo… bom proveito.
    E nem precisa agradecer esta dica, o segredo é o porque isto não acontecerá…

  6. São todos do mesmo material podre…Por isso se entendem tão bem.Espero de verdade não encontrá-los tão cedo. Causam nojo.

  7. mas que tal… falarem de Ética…
    Não sou poeta, mas deviam falar de Titica, que é uma palavra por demais leve para definir a CPI.

  8. Interessante a assessoria deixar de fora o ponto alto do pronunciamento do Presidente da casa,quando o mesmo afirma que a bancada governista havia solicitado que ele simulasse um mal súbito para que se afastasse do cargo e Kaus assumisse a Presidência para que, em uma eleição fajuta elegessem Manoel Badke Presidente da Câmara!!!Armação e mais armação como tudo que temos visto por lá… E dona Marta Zanella ainda se diz ‘pasma’ com a reivindicação dos pais e familiares de exonerar Zinn (presidente do PMDB) do cargo de procurador jurídico da Câmara!!! Zanella deve estar tão acostumada com as sujeiradas da bancada governista que nada mais a abala, somente o pedido dos pais de tirar da Câmara o maior articulador da CPIzza de mentirinha feita p/ não dar em nada! Interessante que a gravação onde mostra total falta de ética dos coleguinhas dela não a pasmou!!!

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