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SCHIRMER FALA. “Minha contribuição (logo após a tragédia) era o silêncio para não estimular o conflito”

Schirmer, hoje, na Santamariense: na mesma linha (foto Feicebuqui Alexandre De Grandi)
Schirmer, hoje, na Santamariense: na mesma linha (foto Feicebuqui Alexandre De Grandi)

Uma alentada entrevista foi concedida pelo prefeito Cezar Schirmer, ao Diário de Santa Maria – que a publica na edição de hoje. Agora de manhã, ele também falou a Alexandre De Grandi, na Rádio Santamariense. Sempre na mesma linha.

O editor não faz juizo de valor. Extraiu uma frase para colocar no título. Poderia ser outra. Ele falou bastante, desta vez. E só faz um acréscimo: Schirmer esclarece o que teria dito (ou não) a O Globo (a história de “não pagar enterro de rico”), o contexto e as circunstâncias e também os detalhes da resposta ao jornalista do jornal carioca.

O resto… Bem, convido à leitura de um trecho (com link para o todo) da reportagem (com a entrevista) assinada pela jornalista Ticiana Fontana. A seguir:

PREFEITO – ‘Tive muita vontade de falar, mas silenciei’

Diário de Santa Maria – Há dois meses, o senhor disse em entrevista à RBS TV que a cidade estava entrando em uma fase de reconstrução. Mas o que se fala na cidade é em luto (77%), sensação de impunidade e desejo de justiça (ambos com cerca de 60%) e vontade de se reerguer. Como o senhor sente Santa Maria hoje?

Cezar Schirmer – A tragédia marcou a vida da nossa cidade de forma definitiva, isso é inegável. Vão se passar décadas e a tragédia ainda estará na memória de nossos cidadãos. (…) O que me cabe sim, nesse momento, e, é isso que eu tenho tratado, é me incorporar nesse esforço de recuperação dos nossos sonhos, dos nossos lares, do nosso futuro e isso nós temos feito com muitas dificuldades, com muitos problemas de diferentes naturezas. A cidade precisa de um esforço coletivo de reconstrução. Não significa esquecer a tragédia, mas significa compreendê-la, tirar delas as lições, desejar que a justiça seja feita na sua efetividade, responsabilizar sim quem deve ser responsabilizado. Mas a vida continua. Nós precisamos trabalhar e ainda mais intensamente para reconstruir o nosso futuro. E é isso que eu quero fazer e tenho me dedicado intensamente. Tenho trabalhado mais do que no primeiro governo. O recomeçar tem de ser um esforço coletivo.

Diário – Como homem que responde pela prefeitura, hoje, o senhor sente que poderia ter feito algo antes da tragédia da Kiss?

Schirmer – Eu te asseguro que a prefeitura cumpriu rigorosamente as leis vigentes. Essas leis foram criadas no meu governo? Não, não foram criadas no meu governo. A prefeitura, seus servidores, secretários, vice-prefeito e prefeito, agiram no cumprimento estrito da lei. Eu disse isso desde o primeiro momento. Houve fiscalização? Houve. Houve as exigências dos documentos estabelecidos pela lei na instalação da boate? Houve. Houve medidas no sentido de coibir algum abuso, um ou outro atraso? Houve. Está tudo nos documentos já fornecidos à imprensa, à polícia, ao Ministério Público ou ao Judiciário. O que me parece assim é uma ânsia no sentido de responsabilização de quem, muitas vezes, não tem parte nesses procedimentos e não tem responsabilidade pelo que aconteceu.

Diário – E o senhor se arrepende de algo que disse ou fez depois da tragédia?

Schirmer – Falei pouco depois da tragédia. Vocês sabem disso. Falei no dia subsequente, dois ou três dias depois. Falei quando foi concluído o inquérito policial. Falei recentemente quando o houve o arquivamento dos processos, tanto aqui em Santa Maria por três representantes do Ministério Público e lá em Porto Alegre por três desembargadores da 4ª Câmara e mais um procurador e seis promotores assessores. Portanto, não é uma 

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9 Comentários

  1. O comandante da nau que está à deriva manteve sua postura arrogante, o que indica que realmente teremos mais 3,5 anos de atraso e discórdias.

  2. O grande Napoleão Bonaparte na verdade já nos ensinava a diferença entre ser “Chefe” e ser LÍDER;…enquanto o chefe diz “VÁ” (e se “esconde atrás da mesa”),…o LÍDER diz “Vamos”;…ele mostra o “caminho”,…vai na frente de seus subordinados. Não é de admirar por que no séc. XIX o Exército Francês seguia o seu LÍDER e combatia com um “Fervor” e devotamento incomum. Em 1810 os franceses quase triunfaram na Europa.

  3. Em um trecho da entrevista, o prefeito cita uma “frase” que teria sido dita por Napoleão Bonaparte; a qual Schirmer descreveu: “Uma mentira pronunciada mil vezes acaba se tornando uma verdade”. Sou aficcionado por “História Universal” e por Biografia de grandes Líderes da história mundial; e posso afirmar com conhecimento de causa; Napoleão jamais pronunciou essa frase;…na verdade quem disse esta “pérola” foi Joseph Goebbels; Ministro da Propaganda da Alemanha Nazista.

  4. Essa postura passiva “mas o que é que vocês queriam que eu tivesse feito?” já não convence nem os aliados, só meia dúzia de lunáticos no feicebuqui que inclusive sonham com a volta da monarquia no país kkkkk.

  5. Muito sensível a dor dos familiares
    Muda o discurso mas sempre negando as suas responsabilidades.
    Não engana mais ninguém.

  6. Conflito não houve, e o silencio, que foi nitidamente notado(negativamente).
    Como falta de ação, atitudes, enfrentamentos,buscar onde houve falhas.
    Sempre em fuga, viagens sem propositos definidos, nem na cpizinha deve coragem de dar as caras.
    Agora vem estas conversinha pra boi dormir.
    E continua acreditando que não tem culpa.
    Convenhamos sr alcaide, não desconsidere o “pensar” de toda sociedade.
    Fica muito pior.

  7. Falou pouco mas falou errado, foi petulante, arrogante e fugiu das responsabilidades que a tragédia trouxe… A passagem, as diárias do séquito poderiam ter pago alguns enterros…prefeito ECONOMIZE nos luxos e aplique nas necessidades.
    Pode pagar nota individual de enterro, assine decreto, peça apoio ao TCE, ao MP, pague na forma de TAC… Jeito tem, faltou vontade.

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