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KISS, OITO MESES. Muita saudade e uma marca, na lembrança dos 242 mortos na tragédia: a solidariedade

Culto ecumênico, desta vez na Igreja Luterana, encerrou as atividades neste dia 27
Culto ecumênico, desta vez na Igreja Luterana, encerrou as atividades neste dia 27

Terminou não faz muito, na Igreja Luterana, o último ato do dia 27 de setembro, que lembrou as 242 vítimas que morreram na tragédia de janeiro, na boate Kiss. Antes, uma série de atividades, inclusive o tradicional minuto do barulho, desta vez na Praça dos Bombeiros.

Várias ações ocorreram durante o dia, e com uma marca especial, a solidariedade – como você confere no relato (texto e fotos) de Luiz Roese, em material originalmente publicado no portal Terra. Acompanhe:

kiss selo menorAbraços, doações e minuto de barulho marcam 8 meses da tragédia

A sexta-feira foi mais um dia de pensar com muita saudade nas 242 pessoas que morreram na tragédia da Boate Kiss, em função do incêndio ocorrido na casa noturna no dia 27 de janeiro. No dia em que se completam oito meses da tragédia, várias atividades foram realizadas em Santa Maria (RS) para lembrar o acontecimento e homenagear as vítimas.

A programação começou pela manhã, na praça Saldanha Marinho, no centro da cidade. Integrantes do Movimento Santa Maria do Luto à Luta e da ONG Para Sempre Cinderelas receberam doações de alimentos na barraca da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).

Adolescentes distribuiram abraços no calçadão, “para deixar 242 anjos mais felizes”
Adolescentes distribuiram abraços no calçadão, “para deixar 242 anjos mais felizes”

As doações serão entregues nesta segunda-feira à Creche Criança Feliz, o primeiro local que foi ajudado pela ONG criada por cinco mães de vítimas para dar continuidade ao trabalho voluntário desenvolvido pelas jovens que morreram. Na tragédia, Flávia Torres comemorava o aniversário de 22 anos ao lado das amigas Andrielle Righi da Silva, 22 anos, Vitória Dacorso Saccol, 22 anos, Gilmara Quintanilha, 21 anos, e Mirela Rosa da Cruz, 21 anos.

Juntos, os familiares das meninas arrecadam doações de roupas, alimentos e objetos de higiene para entidades carentes. A decisão de chamar a ONG de “Para Sempre Cinderelas” veio pelo “lado princesa” que todas as meninas tinham. Quatro sapatos de salto 9 centímetros e um tênis All Star são a marca registrada da organização.

Nesta sexta-feira, as mães de três delas ficaram de plantão na barraca da AVTSM à espera das doações: Ligiane Righi da Silva, mãe de Andrielle, Fani Villanova Torres, mãe de Flávia, e Gilzélia Quintanilha Oliveira, mãe de Gilmara. 

À tarde, quem passava pelo Calçadão e pela praça Saldanha Marinho foi surpreendido por estudantes, que distribuíram abraços. “Nesse dia em que a tragédia completa oito meses, nós queríamos passar uma mensagem que, se nos unirmos e nos abraçarmos, Santa Maria ficará mais feliz”, contou Gabriela Moreira, 14 anos.

A iniciativa foi moldada a partir de contatos feitos entre colegas de escola e pelas redes sociais. Cerca de 20 adolescentes…”

Adherbal Ferreira da Associação dos Familiares, no já tradicional "minuto do barulho”
Adherbal Ferreira da Associação dos Familiares, no já tradicional “minuto do barulho”

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Um Comentário

  1. Magnífica a iniciativa dos jovens em distribuir abraços na Cidade Coração do Rio Grande. Fazer política é isso: nem sempre depende de dinheiro, de poder, de empáfia, de megalomania.

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