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Mallmann fora. Cai (de maduro) o 14º secretário em 19 meses do governo de Yeda Crusius

A média é de pouco menos de um por mês. O 14º foi José Francisco Mallmann, delegado da Polícia Federal transformado em Secretário de Segurança Pública logo após a queda do anterior, Enio Bacci, indicado pelo PDT, menos quatro meses depois de ter iniciado o governo comandado por Yeda Crusius, em janeiro do ano passado.

 

Por que caiu Mallmann, que entregou o pedido de exoneração pouco depois do meio dia desta sexta-feira? Penso (nem tão) humildemente que ele não é do ramo. Não, ele é homem de segurança, como experiente policial federal. O que não é, definitivamente, é político. E, sem querer defendê-lo (o caos da segurança pública faz muito existe e, logo, não seria o delegado o culpado único), o fato é que as mumunhas do meio político não são exatamente coisa para quem estava acostumado a outra vida.

 

Objetivamente, porém, até esse viés “não-político” poderia ajuda-lo. O fato é que, desde que se meteu a defensor da “lei seca” nos finais de semana, e a fazer disso um discurso quase permanente, Mallmann não se deu bem. Piorou, segundo o relato dos analistas próximos às fontes palacianas, quando eclodiu a Operação Rodin, que atingiu meia dúzia de gente grande do governo, gerou a CPI na Assembléia Legislativa e, como resultado, derrubou quatro secretários de Estado – todos da confiança pessoal da governadora. A “culpa” de Mallmann: não ter avisado a governadora. É provável, penso, que soubesse, mas como poderia dizer, sem ferir seus colegas da Polícia Federal, para onde voltaria (como voltará) a qualquer momento?

 

Além do que, a partir de determinado momento, Yeda Crusius deixou suficientemente clara a predileção pelo coronel Paulo Mendes, o, digamos, fortão (alguns diriam brucutu) sub e depois comandante da Brigada Militar – exatamente no lugar de um homem de confiança de Mallmann, o também coronel Nilson Bueno.

 

Cá entre nós, apesar de todas as palavras públicas, como reza a prática política, objetivamente Mallmann já estava fora. Não fazia mais parte de qualquer projeção de governo até o final do mandato. E, enfim, caiu nesta sexta-feira. De maduro.

 

Quem será o substituto? Especulações há muitas. Notícia, nenhuma. Aliás, sequer o pedido de demissão de José Francisco Mallmann ainda não foi noticiado na página oficial do Governo do Estado na internet. De onde, a propósito, extraí a última foto divulgada do agora ex-secretário. Ela foi tirada por Jefferson Bernardes há exatamente uma semana, em 18 de julho quando, com a governadora presente, Mallmann entrevou viaturas para a polícia civil. De ter sido, provavelmente, o último evento público do secretário com sua chefa.

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