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DEBATE. Candidatos à presidência do PT gaúcho em Santa Maria, com direito até a bate-boca de militantes

Os candidatos a presidente, inclusive o santa-mariense Pimenta (falando), no debate de hoje
Os candidatos a presidente, inclusive o santa-mariense Pimenta (falando), no debate de hoje

Este editor esteve no evento petista desta manhã, no Clube Comercial. Poucos minutos, perto do meio dia. O suficiente para perceber o quanto podem ser acirrados os ânimos de uma militância. Altercação entre afiliados de duas candidaturas diferentes à presidência do PT gaúcho exigiu bastante energia, tanto dos organizadores quanto da turma do deixa-disso.

Entre “mortos e feridos” salvaram-se todos. Aparentemente. E até o próximo debate entre os candidatos. Eles são cinco, representando as diversas correntes partidárias, algumas delas aliadas de ocasião. E, enfim, o bate-boca que por muito pouco não gerou agressões físicas terminou como sempre, em eventos petistas (confidenciou um veterano, ao editor). Como? Com alguém, do meio da mais de centena de presentes, gritando o bordão: “Partiiiidooooo é doooos trabalhadores”. E, pronto: todos falavam a mesma linguagem. Até o próximo confronto, repita-se. Ah, a pedido do sítio, a repórter Gabriela Perufo (do jornal A Razão, que trará amplo material a respeito) produziu o texto a seguir, com foto de Deivid Dutra. Confira:

Candidatos à presidência do PT participam de debate em Santa Maria

Na manhã de sábado os cinco candidatos à presidência estadual do PT debateram as propostas para o futuro da sigla nos próximos quatro anos, com foco já para as próximas eleições.

O deputado federal Paulo Pimenta, que concorre pela corrente PT Amplo, defendeu a autonomia do partido, independente de alianças, e criticou a  postura da direção nacional em relação a algumas alianças e determinações feitas em outros estados. “Precisamos retomar nossa capacidade enquanto partido, ouvir as ruas e cumprir o papel histórico do partido que elegeu o Lula, que elegeu a Dilma presidentes”, defendeu.

A “nacionalização” do debate foi criticada, por outro candidato, Jairo Jorge, atual prefeito de Canoas. Ele questionou o fato de outros candidatos nacionalizarem o debate, e afirmou que é preciso resgatar os militantes. “Temos que ouvir  a voz da militância, a voz das bases”, discursou. Também defendeu a retomada das formações políticas que se faziam nos anos 80. Jairo Jorge representa as tendências Socialismo XXI e Unidade na Luta, do deputado estadual Valdeci Oliveira.

As questões nacionais do partido seguiram nos discursos dos outros candidatos, que responderam a colocação de Jairo Jorge. A deputada estadual Stela Farias, que concorre pelo grupo Esquerda Democrática também apontou críticas feitas para a direção federal, e lembrou que no estado, o PT serve como referência para a esquerda mundial. “No meio da maior crise, em 2005, fundamos o Mensagem ao Partido, que quase aniquilou com o PT que até então tínhamos construído. Agora é momento crucial de mudança e de definição do que seremos”, discursou.

Laércio Barbosa, do grupo político O Trabalho, iniciou o debate afirmando ser contra o leilão das Libras, e questionou a postura das bancadas petistas e da direção nacional em relação ao tema, classificando como “covardia”. Barbosa defendeu a ruptura com partidos da base que tem prioridades que confrontam com o partido. “Tem lideranças que sabotaram  a proposta da constituinte, temos que avançar enquanto partido”, defendeu.

O ex-prefeito de São Leopoldo, e candidato pela Articulação de Esquerda, Ary Vanazzi, também criticou a postura da direção nacional, e citou que o partido não pode virar instituição, e sim ferramenta social. Defendeu a formação política dentro do partido e “avanços políticos para melhorar a vida da população”. “Qual o PT que queremos daqui pra frente? Ganhamos duas vezes o governo do estado com a nossa política de enfrentar a direita, enfrentar os empresários e de fazer debate político, debate de classes”, defendeu. Vanazzi representa os grupos Democracia Socialista e PTLM, grupo do secretário de Justiça e Direitos Humanos Fabiano Pereira.”

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9 Comentários

  1. Tá certíssima Maria Cristina Khoury;…as “briguinhas” por cargos e “boquinhas”,…assim como no PT,…acontecem tb no PMDB e em qualquer outro partido. E isto é simplesmente “NOJENTO” e IMORAL,…mas acontece, INFELIZMENTE!

  2. Também acho que tem brigas que viram acordos, mas isso é só no PT??? Vamos falar aqui de Santa Maria, e dos demais partidos, pois alguns políticos do bloco governista municipal criticam e criticam, até que o Schirmer chama eles e manda ficar quieto ou perdem seus carguinhos rsrsrsrsrs. Alguém vai dizer que é diferente??????

  3. A Terezinha Lacerda deve ter mamado em muita teta da direita e agora perdeu essa boquinha e vive só reclamando,ela diz morar no Rio de Janeiro mas vive com o olho gordo em Santa Maria e Rio Grande do Sul.Os Petista vão ter que tomar um banho de sal grosso tal é o olho dessa senhora.

  4. Concordo plenamente com a internauta Terezinha! As “briguinhas” petistas logo-logo serão esquecidas quando acontecer a distribuição dos “cargos” e das “boquinhas” em todos os setores da administração pública gaúcha e tb nas Autarquias estaduais. É só uma questão de tempo para eles fazerem as “Pazes”, rsrsrs

  5. Briga de petista não pode ser levada a sério.
    Como imagino que o PT do Rio Grande do Sul seja igual ao do Rio de Janeiro (e de todo o país), as brigas de hoje se transformarão em acordo quando os cargos e boquinhas forem colocados na mesa.

  6. Opa! o vanazzi é da Articulação Esquerda e tem o apoio da DS , do PTlm, da Ups do Olívio Dutra do Stédile do MTS ,
    Aqui em SM a Ae e a Ds apresentaram o Companheiro Vanderlei dos Santos do Movimento da moradia MNLM para presidente do Diretório Municipal
    Cristiano Schumacher
    Articulação de Esquerda

  7. Sobre o leilão de Libra, cabe destacar a frase proferida por FREI BETO neste sábado: “Me tira do sério ver o Brasil leiloar Libra na segunda-feira”.

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