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UFSM. Posição contrária à adesão à empresa pública gestora dos HUs é, basicamente, só dos sindicatos

Cerca de 30 pessoas, além de nove edis, participaram da audiência pública desta tarde
Cerca de 30 pessoas, além de nove edis, participaram da audiência pública desta tarde

Com a presença de um número (o histórico, convenhamos, é outro) bem razoável de edis – nove deles participaram, no todo ou em parte – e cerca de 30 pessoas nas galerias, segundo nota PUBLICADA na versão online do Diário de Santa Maria, aconteceu uma importante, e interessante, audiência pública no parlamento municipal, na tarde desta quarta-feira.

O tema era a adesão da UFSM, que deve ser formalizada na sexta-feira, em decisão a ser tomada pelo Conselho Universitário, à empresa pública gestora dos Hospitais Universitários federais. Ficou bastante claro, lendo os relatos e ouvindo os interessados, que a resistência efetiva à chamada Ebserh, vem dos sindicatos dos docentes e dos técnico-administrativos. E praticamente fica só nelas, salvo melhor juizo. Ah, e de pelo menos um partido politico, o PSOL (que, aliás, controla politicamente, junto com o PSTU, a entidade nacional dos docentes, frontalmente contrária à empresa).

Mas, e os argumentos de ambos os lados? Eles estão muito bem colocados no material produzido pela assessoria de imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM. O relato, com fotos, é de Fritz R. Nunes. Acompanhe:

Presidente da Sedufsm (ao microfone) considera “falácia” o atendimento 100% SUS
Presidente da Sedufsm (ao microfone) considera “falácia” o atendimento 100% SUS

Audiência pública debate Ebserh na Câmara de Vereadores

A posição das três entidades: Sedufsm, Assufsm e DCE – de se opor à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), foi reafirmada mais uma vez em audiência pública nesta quarta à tarde, em audiência pública, na Câmara de Vereadores. Para o presidente da Sedufsm, professor Rondon de Castro, a opção pela Ebserh não é o ‘caminho natural’. “O que temos é uma política de estado orientada com objetivos bastante claros, que é de privatizar aeroportos, estradas, petróleo, e também a saúde”, frisou Rondon.

Para o dirigente da Sedufsm, há uma falácia quando aqueles que defendem a adesão da UFSM à empresa falam em atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O que teremos, diz ele, é uma triangulação de recursos através da empresa que, por ter caráter privado a partir da lei que a criou, poderá estabelecer convênios com instituições de diversos tipos, inclusive privadas. Quando se afirma que aderir à Ebserh é a única saída, Rondon destaca que a saída é o governo cumprir seu papel, disponibilizando recursos para financiar a saúde e realizar concurso público.

Vanderlei Vasconcellos, da coordenação geral do sindicato dos servidores (Assufsm), que uma das questões que vem sendo omitida do debate pelos defensores da adesão é o fato de que, por mais que seja pública, o conceito de empresa a coloca como um ente que tem por objetivo exercer atividade econômica. E, a partir do que está previsto no próprio estatuto da Ebserh, ela terá que cumprir metas, ou seja, terá fortalecido o caráter assistencialista, pois esse é o papel que efetivamente gera recursos, e não a pesquisa ou a extensão.

Pela direção do Hospital Universitário (Husm) participaram da audiência o médico Arnaldo Rodrigues e a diretora geral, Elaine Resener. Rodrigues citou algumas dificuldades enfrentadas pela instituição hospitalar, especialmente devido ao quadro de pessoal. Ele destacou a contratação precária de funcionários via Fatec e que há um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público Federal (MPF) desde 2008 em que há um comprometimento em acabar com a terceirização. Segundo ele, os passos foram aos poucos, até se chegar à Ebserh, cujo termo de adesão foi aprovado no Conselho de Administração (Conad) do Hospital.

Elaine Resener fez sua fala centrada na ideia de que o gestor público precisa encontrar soluções para os problemas e, sobretudo, precisa cumprir as políticas orientadas pelo governo. “A Ebserh já é lei desde 2012 e cabe a nós cumpri-la”, disse a diretora do Husm. Segundo ela, o hospital vem sofrendo uma progressiva desestruturação e o prejuízo assistencial seria flagrante, com o fechamento de setores do Husm a partir da redução de quadros, muitos deles se demitindo devido à instabilidade da atual situação em que os contratos de trabalho são precários.

Debate com a comunidade

Rogério Silva, também da coordenação da Assufsm, enfatizou que o debate realmente vem sendo feito há três anos, desde a edição da medida provisória (MP) 520, em 31 de dezembro de 2010. Qual a diferença daquela época e de agora, perguntou ele. “É que hoje os gestores da universidade, os diretores do Husm, são favoráveis à empresa”, respondeu Rogério. Mas, enfatizou que o debate, cujos defensores da Ebserh alegam ter sido feito, não pode se resumir ao…”

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2 Comentários

  1. Samir! De fato a única razão de ser de um Hospital de Ensino é o usuário. O ensino e pesquisa de qualidade dependem de muitos fatores, mas passam necessariamente pela boa assistência aos pacientes, tanto do ponto de vista técnico como humano .

  2. Discordo da avaliação do editor.
    Tem um privatista de carteirinha que está querendo ficar com uma beiradinha dos votos dos incautos sindicalistas que querem manter tudo como está.
    Eu estou do lado do usuário ( paciente).

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