CHUVARADA. Cidade embaixo d’água. Confira cinco fatos e fotos que você verá, mais tarde, em A Razão
Não é o momento, talvez. Ou quem sabe seja. Mas alguma hora terá que haver. O quê? Uma discussão séria sobre a degradação ambiental, única explicação crível para que os efeitos de uma chuvarada como a que deixa Santa Maria “embaixo d’água” nos últimos três dias provoque tantos danos, com prejuízos sociais e humanos tão evidentes.
O jornal A Razão, em reportagens produzidas por Mauricio Araújo e Alessandra Noal, com fotos de Deivid Rodrigues (a que fecha esse texto) e Juliano Mendes (as demais) traz uma boa mostra do que foi o caos instalado na cidade em função da chuvarada.
A Defesa Civil municipal, inclusive com a vistoria do prefeito Cezar Schirmer, esteve atuando em vários locais, como nas vilas Bilibio e Vitória, entre outras (como você leu AQUI, no final da tarde). Mas o fato é que se atua em cima do fato acontecido, e não necessariamente da prevenção, algo que depende das autoridades, certamente, mas também da participação da sociedade.
Algumas das situações registradas são absolutamente inusitadas. Como a necessidade de retirar de sua casa, totalmente alagada, na rua João da Fontoura e Souza, no bairro Camobi, uma senhora de 80 anos. Os bombeiros tiveram que entrar em cena.
Outra que se viu obrigada a deixar a própria residência foi Ieda Soares Lucas, que vive há 30 anos em condições absolutamente comprometedoras na vila Bilibio, histórico local atingido por enchentes sem que uma solução seja dada. “Vamos fazer o que nos mandam, se tiver que sair, vamos sair”, disse a dona de casa ao jornal A Razão. Quem sabe não esteja aí a senha para o início de uma negociação capaz de levar tranquilidade às famílias que por lá residem?
Há casos, claro, em que o humor popular se instala, meio entre o caos. Mas essa não é a norma. No bairro Perpétuo Socorro, por exemplo, o amanhecer de segunda-feira foi terrível, com a necessidade de contabilizar estragos e prejuízos evidentes com as chuvas que não deram trégua desde a sabatina.
E há também, e isso chega a ser risível, os casos de óbvio descaso prévio, como o que se verificou em escolas da comuna, que têm suas aulas suspensas. E, atenção, aqui não há inocentes – previne-se o editor das farpas políticas que inevitavelmente surgem nesta hora.
O jornal registrou, por exemplo, a situação de uma escola estadual tradicional, o colégio Cilon Rosa, que ficou com as salas de aula absolutamente impossíveis de ser utilizadas, tomadas pela água de forma vergonhosa. São 1.350 alunos que talvez retomem as atividades na quarta-feira. É o prazo mínimo, como contou o seu diretor, Leonardo Gonçalves.
E também chega a ser doloroso verificar que uma escolar municipal do ensino fundamental – portanto atendendo apenas crianças e pré-adolescentes – tenha que ser temporariamente fechada, por absoluta impossibilidade de atender aos 427 alunos que ali estudam. Sua diretora, Ana Maria Buriol Londero, ainda não sabia, na tarde passada, se seria possível retomar as aulas nesta terça-feira.
Todos esses casos, e muitos outros mais, foram relatados por Araújo, Alessandra, Rodrigues e Mendes, da equipe de A Razão. E foram aqui pinçados apenas para dar uma ideia do que você poderá conferir, em detalhes, na versão impressa do jornal.
E, quem sabe, pela undécima vez, se comece, mais que pensar, em se agir seriamente para evitar tantos problemas para os cidadãos.
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Ignez…as luzinhas foram para quinta… no ritmo de ATRASO que esta cidade vive e estamos torcendo que as liguem para o Carnaval… pessimistas falam na páscoa de 2015!
sangas canalizadas, bueiros entupidos… devemos abrir e deixar as sangas escoarem… deixaria a cidade bela, viva,… lógico que todo esgoto indo para rede cloacal.
teve secretario de MEIO AMBIENTE que resolvia tudo entubando as sangas e construindo ENCIMA.
nome de árvore.
Cidade cresceu, ocupação aumentou, esgotamento pluvial não acompanhou. Cilon até acumulava água, é uma baixada, tem uma sanga canalizada por perto. Mas antes não existia o Centro Desportivo, era campo e absorvia água.
E após colocar em prática o que for decidido.
Parabéns por levantar essa problemática.
Toda Santa Maria (e por que não o mundo) precisa fazer uma discussão séria e urgente sobre esse problema.
Mas primeiro as luzinhas na praça quarta-feira, o resto a gente vê depois do carnaval.