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A candidata. Dilma ainda agradecerá a convocação feita pelo Senado. Especialmente a Agripino

Nunca é demais lembrar o que aconteceu com o País, especialmente entre 1964 e 1986. Afinal, como costumo dizer (e escrever), repetindo alguém cujo nome não recordo: a anistia é perdão, não esquecimento. Dito isso, e voltando a questões mais mundanas e atuais, só é possível dizer que a oposição fez o grande favor de jogar Dilma Rousseff para o alto. Fortaleceu o que muitos duvidavam e, na prática, a tornaram candidata a Presidente da República. Ou alguém duvida?

 

Sobre a audiência para a qual a ministra (foto) foi convocada, na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, sobraram reportagens, nesta quinta-feira. Confira, a seguir, a publicada pel’O Estado de São Paulo. Nela, claro, afora a razão primeira da convocação, o PAC, havia a intenção de tratar dos “cartões corporativos” e do “dossiê” que teria sido montado na Casa Civil. No entanto… Bem, leia você mesmo:

 

“Com propaganda do PAC, Dilma sepulta crise do dossiê no Senado

Estratégia dos oposicionistas fracassa e ministra nem precisa da proteção dos aliados ao depor à comissão

 

A oposição não conseguiu provar que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é só uma peça de propaganda e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, desinflou a crise do dossiê das contas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Durante seu depoimento na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, ontem, Dilma nem precisou da blindagem que a bancada governista montou para protegê-la dos possíveis ataques da oposição.


A oposição também não conseguiu explorar as versões contraditórias do Palácio do Planalto sobre o dossiê e ouviu sem réplicas contundentes as explicações sobre o PAC. Por conta disso, o desempenho de Dilma foi comemorado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma pergunta do senador Agripino Maia (DEM-RN), logo no início da sessão, facilitou tudo para a ministra. Agripino disse que Dilma mentiu, sob tortura, durante o regime militar, e poderia, por isso, estar mentindo agora sobre o dossiê. O senador provocou reações até fora do Congresso. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acusou Agripino de fazer uma “insinuação infeliz”. Em nota oficial, o presidente da entidade, César Britto, disse: “Na ditadura, a mentira era um direito de resistência inerente a todo cidadão, que não pode ser obrigado a se auto-acusar, ainda mais quando ameaçado de tortura ou de morte”.

No Planalto, com duas horas de depoimento, os assessores mais próximos do presidente já avaliavam que Dilma ganhara “o primeiro round”. “Ela saiu dessa sessão maior do que entrou”, afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). No fim, foi ainda mais enfático : “A oposição sai daqui com uma dor de cabeça, um candidato governista a mais para 2010”.

“Batendo nela, a oposição fez a ministra passar de 2% para 8% nas pesquisas para presidente. Depois dessa sessão, deve ter pulado para uns 12%. Já deve ter passado o Aécio Neves“, ironizou o senador Renato Casagrande (PSB-ES), vice-líder do bloco de apoio ao governo.

Dilma vinha resistindo a comparecer ao Congresso para explicar a montagem do dossiê por conta do desgaste que o assunto produzia na sua imagem pública. Principal pré-candidata do governo à sucessão de Lula, Dilma temia que a exposição às críticas da oposição tirasse seu nome da corrida presidencial…”

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem “Com propaganda do PAC, Dilma sepulta crise do dossiê no Senado”, de Christiane Samarco e Marcelo de Moraes, n’O Estado de São Paulo.

 

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