KISS. Mais de uma centena de sobreviventes em busca de um melhor atendimento. É a luta da hora
A jovem Graciela Geraldo, 19 anos, foi a única sobrevivente de um grupo de cinco amigas que foi até a boate Kiss, naquela madrugada de 27 de janeiro. Até agora, ela não lembra de como conseguiu sair lá de dentro. Só agora, no segundo semestre, retornou às aulas na UFSM.
Graciela é uma entre as mais de uma centena de vítimas que precisa de atendimento constante. Se trata de uma das lutas prioritárias da Associação das Famílias das Vítimas neste momento, o que ocasionou, inclusive, o pedido de uma lei especial capaz de garantir que não sejam esquecidas.
Mais sobre isso, e também outras informações, você encontra em material especial publicado pelo R7, o portal de notícias da TV Record. A reportagem é de Sylvia Albuquerque, com foto é do Feicebuqui. A seguir:
“Boate Kiss: Sobreviventes têm sequelas após tragédia e lutam por lei de indenização no Senado
A estudante Graciela Geraldo, de 19 anos, solta uma secreção ao tossir desde que sobreviveu ao incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS). Assim como ela, uma centena de jovens não conseguiram voltar a ter uma rotina que não seja dividia entre tratamentos médicos após a tragédia que matou 242 pessoas. Os sobreviventes que trabalhavam têm direito a receber um auxílio doença, mas os que estavam desempregados não conseguem retornar ao mercado de trabalho por conta das doenças adquiridas, pelo tempo exigido para se tratar e pelo preconceito dos empregadores. Unidos, eles lutam por uma lei de indenização.
Segundo o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia, Adherbal Ferreira, uma vítima chegou a relatar que foi demitido do emprego pela alegação de que nunca mais voltaria a ter uma vida normal e que os problemas ainda poderiam se agravar. — Acompanhamos os sobreviventes da tragédia como a de Santa Maria que aconteceu na Argentina que matou 194 pessoas e sabemos que os problemas de saúde podem se agravar e que algumas sequelas são definitivas. Queremos que o Estado crie uma lei que respalde essas pessoas. Que elas recebam pensão ou que os empregadores tenham algum tipo de incentivo para contratá-las.
Graciela foi até a Kiss com outras quatro amigas, todas morreram. Ela diz que não se lembra como conseguiu sair lá de dentro. Ela retornou no segundo semestre para o curso de processos químicos na Universidade Federal de Santa Maria, mas enfrenta um longo trabalho de recuperação. Ela ficou um mês internada.— Eu já tinha ido até a Kiss algumas vezes e acho que foi o que me ajudou a encontrar a saída porque é inexplicável eu ter conseguido escapar. Ainda não acredito que isso tudo aconteceu, é muito estranho falar disso tudo…”
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Tristeza com as mortes,tristeza com o tratamento dado aos que sobreviveram. De tristeza em tristeza jovens bonitos, inteligentes e…..desasistidos, sim desasistidos, pq o poder publico os abandonou e o privado tb.Não só sequelas psicológicas ficaram nesses pobres jovens e suas familias, mas a discriminação é um fato. Parece que todos ficaram burros ou doentes em fase terminal. Pergunto a quem não quer dar uma chance a eles.Vcs podem garantir que um empregado, que não estava na boate KISS, não vai adoecer, não vai ter problemas psicológicos? Não isso pode acontecer a qualquer um. Então pq não ajudar? E o poder publico. Um fica empurrando pro outro. O INSS cançou de dar licença a pessoas completamente sadia. Eu sei de casos que pessoas chegaram a se formar em direito, pasmem em direito estando em laudo médico. E o INSS não investiga e nem adianta denunciar. Agora um acidente, PUBLICO, querem deixar essas pessoas sem assistência? Em que mundo vivemos.
Leis têm, obrigatoriamente, certas características.
Abstração (hipóteses e não situação especíifica), generalidade (atinge a todos sem distinção), impessoalidade (visa a coletividade) são algumas. Muito do que querem já é abordado pela legislação existente. Basta atenderem os requisitos.
No mais é com o judiciário: indenizações, pensões, dano moral nas demissões, tratamento médico decente… Só uma opinião.