TURISMO. Trabalho encomendado por Schirmer pinta quadro promissor para SM. São 283,5 mil turistas/ano
Longe está o editor de descrer dos números apurados. Claro que não. Mas duvidar é uma boa prática do jornalismo. Sempre. De todo modo, fica muito difícil acreditar (ressalvado o trabalho científico realizado) que a permanência média total dos turistas em Santa Maria seja “superior a de cidades como Porto Alegre”.
Ok, ok, ok. Dirá alguém: o editor pinçou um dado apenas para reduzir a importância do trabalho. Longe disso, muito longe. Aliás, o levantamento foi feito cientificamente. Foi encomendado pelo próprio prefeito Cezar Schirmer, a um custo não revelado no texto abaixo, mas que não deve ter sido barato, menos ainda de graça.
Portanto, o mínimo que se supõe é ter sido bem feito. E traz outras informações que enchem de orgulho. Por exemplo: o total de gastos gerado pelos turistas na cidade é de R$ 80 milhões por ano, rendendo uma arrecadação em impostos de R$ 11 milhões. Não é pouca coisa.
Ah, para saber mais, inclusive com a manifestação das autoridades, a propósito do trabalho entregue e explicado na noite de sexta-feira, confira o material produzido e distribuído pela Coordenadoria de Comunicação Social da Prefeitura. O texto e a foto são de Luiz Otávio Prates. Ah, lá embaixo você pode acessar a íntegra do trabalho. A seguir:
“Estudo releva que turistas gastam R$ 80,1 milhões por ano, em Santa Maria. Pesquisa foi apresentada nesta sexta
“Sim, Santa Maria é uma cidade turística”. As palavras proferidas pelo doutor em Comunicação e Turismo, economista Leandro Antônio de Lemos, reforçam as expectativas do prefeito Cezar Schirmer em transformar a Cidade Coração do Rio Grande no quarto destino turístico do Estado. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (6), à noite, durante a apresentação do estudo “Estimativa dos Impactos Econômicos do Setor do Turismo em Santa Maria”, no auditório do Centro Administrativo.
O detalhado estudo, desenvolvido pelo economista Lemos, a pedido do chefe do Executivo, foi elaborado em cima de dados oficiais, fornecidos pela prefeitura e órgãos do governo, e considerou a atividade formal legalizada – a pesquisa não contempla os números da atividade informal. “O turismo é um setor altamente competitivo, que requer a convergência do setor público e privado”, salientou Lemos. O relatório visa, também, orientar as políticas públicas e sensibilizar o setor privado para tornar o turismo da região ainda mais competitivo.
O prefeito lembrou a situação econômica do município frente a outras regiões. “Temos que agir efetivamente, no sentido de reverter este quadro. E, um dos instrumentos de reversão é o turismo. O professor Lemos fez um estudo, alentado com informações bem expressivas e obviamente desconhecidas por nós. Tenho certeza que a exposição que ele fará aqui vai nos fazer refletir, pensar e, mais do que isso, agir”, disse Schirmer, ao…”
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Santa Maria não tem perfil para turismo.
Ponto.
A cidade é feia, suja, carece de atrações históricas, o empresariado não tem perfil receptivo e fica longe dos eixos de turismo (serra/mar/capital.
Talvez as atrações naturais da região (cascatas, quedas d’água, trilhas, etc…) pudessem atrair turistas de aventura, mas para isto seria necessário investir em estrutura, e isto me parece um pouco fora de questão para municípios que mal conseguem pagar suas folhas de funcionários.
Como ex-professora, considero que seria mais adequado avaliar a abertura de oportunidades para o estudantado ficar na cidade, criando aqui pólos de indústria limpa (informática, inteligência artificial, mecânica e mecatrônica, desenvolvimento de produtos de internet, etc.) que possam – em um prazo médio – gerar trabalho qualificado, renda e um círculo virtuoso que faça a cidade menos dependente dos salários do funcionalismo, construção civil e comércio.
Turista é a pessoa que chega e fica em hotel.
Passar o dia e dormir na casa de familiar é visita.
Acho que o turismo é fraco na cidade. O Calçadão já anda descascando, o remendo que fizeram já tem lajota solta.
Particularmente achei exagerada a decoração em alguns pontos, na Caixa Federal por exemplo… poderiam ter dividido um pouco… mas esta é uma opinião… tem gente que adorou.
Acho que esta decoração veio para ficar, agregando cada ano mais elementos, preservando os existentes, ampliando os locais, mas sem exagero.
Agora temos o triste turismo da Kiss, coisa que não entendo pessoas tirando foto e visitando o local, acho mórbido.
Turismo seria recuperar a Vila Belga como pólo gastronomico e de bares…Usando a Gare para eventos culturais.
Daí sim acredito.
li o estudo e achei muito mal feito. Para uma pessoa que se diz doutor em turismo, e eu não tenho motivos para duvidar dele, os dados apresentados são dignos de um trabalho de conclusão de disciplina num cursinho técnico de turismo!A começar pela enxurrada de erros de português, principalmente de concordância e o pior: falta de sequência nas sentenças. Coisa de amador ou pressa para apresentar o trabalho. Mas o pior são alguns dados que ele apresenta e que qualquer animal daqui sabe que é frio: 187 trabalhadores com carteira assinada no setor de transportes!Acho que só a Medianeira tem mais que isso! E o comércio com 2058 empregados!! Se temos só associados ao Sindilojas mais de 4500 empresas!! E no setor público 18 empregados!! Nem vale a pena comentar o resto, mas vcs não acham que se tivéssemos um turismo que deixasse aqui o que ele indica em termos de impostos (só isso!)já taria de ótimo tamanho? 11 milhões/ano!Só queria saber quanto levou para escrever este monte de baboseiras, e ainda dizer que devemos fazer mais estudos detalhados para ajustarmos os dados que ele mesmo levantou!! kkkk
E o estudo? Metade dos turistas (mais ou menos) não usa rede hoteleira. A rede hoteleira tem 25% a 35% de capacidade ociosa. É citado “o
percentual de hospedagem está acima da média de cidades de tamanho similar” e “Um dos
fatores que pode explicar essa distribuição é a distância da capital do estado, o que em tese
obrigaria a mais necessidade de hospedagens”. Comenta porém que é necessário um estudo específico. O turismo de eventos e negócios em POA é enorme, fácil chegar e sair. E o turismo daqui? Romaria, vestibulares, pessoal das cidades da região fazendo compras, formaturas, etc.
Duvidar é uma boa prática, não só do jornalismo. O economista citado é bastante conhecido e, fato de grande importância, não é de Santa Maria. Visão externa é sempre melhor. Alguns conterrâneos acham que SM tem tudo para dar certo e só não acontece por falta de marketing. Tem gente que acha que os prédios art nouveau do centro são grande coisa. Eu imagino quem, em sã consciência, passaria pelo perrengue de vir para a aldeia para apreciar a arquitetura. Com 40°C e uns 85% de umidade relativa no verão, por exemplo.
O Plano de Turismo é uma invencionice do Ministério do Turismo e teve participação de uma diretora do mesmo. Mais ou menos como a mobilidade urbana, existe um plano nacional e quem não apresentar planejamento não pode pedir recursos depois.
O estudo atual é impacto econômico do turismo e a tese de doutorado do economista é sobre teoria economica do turismo. Alguma coisa deve saber.
Acho que o maior turista que possuímos na cidade é o próprio prefeito, pois esse é visita aqui e passa viajando!
Como diria o velho Anastácio, do alto de sua carroça:”Mentiu pro tio!”
Interessante é que este estudo quantitativo foi realizado agora, quase cinco anos após este mesmo profissional participar, na condição de consultor, da elaboração do Plano Municipal de Turismo de Santa Maria. O que agora é mostrado como surpresa e base para o desenvolvimento do turismo de Santa Maria já deveria ter sido utilizado para a elaboração do PMT, apresentado em 2009. (http://www.santamaria.rs.gov.br/index.php?secao=noticias&id=18202&arq_db=1&pchave=Leandro). Pela quantidade de vezes que o prefeito recorre ao Sr. Leandro Lemos, certamente estamos diante de um especialista no turismo de Santa Maria. Seria interessante saber a condução que a Prefeitura deu aos seus estudos anteriores.