Mulher - Especial

ESPECIAL (FINAL). Solução para violência contra a Mulher passa por educação e fiscalização ao agressor

Delegada Débora (e equipe) saindo para ação especial: foram duas na cidade, em 2013
Delegada Débora (e equipe) saindo para ação especial: foram duas na cidade, em 2013

Por LUIZ ROESE, Especial 

Com uma média de 12 ocorrências por dia de casos de violência doméstica em Santa Maria, a solução para acabar com o problema passa longe do trabalho da Polícia Civil. Para a delegada Débora Aparecida Dias, é preciso também pensar a médio e longo prazos.

“A questão da educação é muito importante. O respeito à mulher, o respeito às diferenças, é algo que deve ser ensinado na escola, para as crianças desde pequenas”, opina a delegada.

Outra medida que ajuda bastante é a conscientização das mulheres para as denúncias.  “É preciso ter coragem para acabar com a violência. Um dos problemas é que as campanhas de conscientização, em geral, são fracas”, afirma a delegada.

Uma medida que tem funcionado bem para diminuir os índices de violência contra a mulher são as operações especiais feitas pela Polícia Civil, para fiscalização das medidas socioeducativas. Em 2013, foram realizadas duas ações em Santa Maria, em agosto e novembro.

Em agosto, foram mais de 40 residências visitadas pelos policiais. Em novembro, foram 84 locais vistoriados, em que existem medidas protetivas de urgência nos casos considerados mais graves da Delegacia da Mulher.

Além da verificação das medidas, os policiais distribuíram marcadores de texto com o lema “em briga de marido e mulher a Polícia Civil mete a colher”, divulgando números de telefones. As ações contaram com o apoio de psicólogo e assistente social da Casa Abrigo Aconchego, advogado e estagiários da Faculdade Palotina (FAPAS).

Operação especial fiscalizou o cumprimento de medidas protetivas em 120 residências
Operação especial fiscalizou o cumprimento de medidas protetivas em 120 residências

Segundo a delegada Débora Dias, na maioria das residências as medidas estavam sendo respeitadas. Em outras, foram intimados os agressores para comparecer à delegacia. “Essas operações são importantes para que o casal perceba que estamos atrás”, diz a delegada Débora.

A operação “De Olho Neles” também foi realizada na Quarta Colônia, no início de dezembro. De acordo com a delegada Débora Dias, os policiais visitaram 120 residências de mulheres vítimas de violência para verificar a situação de cumprimento das medidas protetivas de urgência. Em 30% das residências as medidas protetivas estavam sendo respeitadas. Em 60% houve reconciliação entre os casais e em 10% as vítimas não foram localizadas. Um indivíduo foi preso preventivamente em Agudo por descumprir a medida protetiva que sua companheira possui e por agredi-la. O preso foi encaminhado ao Presídio Estadual de Agudo.

“As operações tiveram uma repercussão bem positiva. O mais importante é que o casal perceba a presença da Polícia Civil, antes mesmo de a vítima ir até a delegacia registrar uma ocorrência”, conclui a delegada.”

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4 Comentários

  1. Estava ajudando minha filha na redação sobre esse tema e encontrei esta matéria. Foi uma das melhores. Gostei muito das medidas adotadas em sua Cidade. Não adianta só reclamar, devemos criar mecanismos de combate. Continuem e multipliquem. Parabéns.
    Matilde/Rio de Janeiro/RJ

  2. Concordo com tudo o que disseram até agora, mas como explicar aquelas mulheres que são brutalmente espancadas pelos seus maridos, procuram a Delegacia da Mulher para prestar queixa contra o agressor,usam a maquina do Estado, perdem tempo gastam papel, gasta-se gasolina com viaturas indo e vindo ao fórum para no final de tudo suposta vítima vai diante do juiz dizer que não quer dar continuidade ao feito porque conversaram e se acertaram. Até a próxima bebedeira,no próximo final de semana lá estão novamente na Delegacia de Plantão.

  3. O jornalista Claudemir Pereira, está pondo seu profissionalismo “a todo vapor” para inibir o descalabro de certos companheiros que recorrem a todo tipo de violência contra suas mulheres. Não se pode permitir, esse costume, que a séculos, transferem para o marido, a justiça feita com as próprias mãos, numa época de 3º milênio. Temos que acabar com esses justiceiros, em todas as outras áreas. Ressalto o trabalho da Polícia Civil, que há décadas atrás, não existia a Delegacia da Mulher. Parabéns à Delegada Débora Dias na repreensão e na educação desses cidadãos.

  4. Em minha opinião, os casais devem ser mais tolerantes.Somente a educação, de ambas as partes, terão o poder de mudar esta situação. Tanto homens quanto mulheres precisam mudar de atitudes.

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