POLÍTICA. Segundo ano legislativo começa com três mudanças em relação a 2013. E a oposição no poder

É verdade que ainda restam três semanas de recesso, antes que se recomecem as sessões plenárias no legislativo de Santa Maria. Mas não é menos verdade que os corredores do Palacete da Vale Machado respiram ares diferentes daqueles que, à mesma época, ano passado, apontavam para o início de uma nova Legislatura.

Então, o governo dominava amplamente o parlamento, ostentando uma portentosa bancada (poucas vezes vista, nos últimos 30 anos), com 13 vereadores em 21 e jogando com a possibilidade de ser sempre a “mão” no jogo do Poder.

Fruto do acaso lamentável, a morte de Maria de Lourdes Castro, do PMDB, e da decisão da Justiça, as cassações dos mandatos dos mandatos de Cláudio Rosa, do PMDB, e Marion Mortari, do PSD – agora confirmadas na segunda instância, o Tribunal Regional Eleitoral -, já se tem três edis que não compunham a Casa, em 2013. São os casos de Anita Costa Beber (PR), João Chaves (PSDB) e Cezar Gehm (PMDB).

Mais do que a mera troca de nomes, porém, o que chama a atenção, nesse momento, é a completa inversão no comando da Câmara. É certo que, no discurso, edis que se bandearam à oposição e referendaram o nome de Werner Rempel, do PPL, para presidir o Poder, dizem manter-se alinhados com o que “de bom para a comunidade” vier do governo. Mas não é menos correto que o trio de trânsfugas (Anita Costa Beber, Deili Granvile e Tavores Fernandes) perdeu todos os Cargos que Confiança que mantinha no Executivo. E isso, claro, faz diferença na hora de decidir.

Resumo da ópera: um Legislativo bem diferente recomeça seus trabalhos dentro de três semanas. Se melhor ou pior, o tempo dirá. E não demora.