Nas férias, as famílias nos abandonam – por Carlos Costabeber

Nessa semana a cidade ficou chocada com a descoberta de cães famintos e sem água, em uma certa moradia. Precisou a ação dos vizinhos e dos órgãos públicos para retirar os animais daquele suplicio.

Esse é um dos dramas vividos pelos animais domésticos, nessa época do ano; especialmente os cães, já que os gatos têm alternativas muito maiores de sobrevivência.

O mais absurdo é o ABANDONO puro e simples em algum lugar público (subida do Perau, campus da UFSM, ou nas rodovias).

Fico chocado em ver cachorros, aparentemente bem cuidados e com coleira, correndo sem rumo.

É PURA MALDADE !

Quando se coloca um animal de estimação dentro de casa, já se deve prever o que fazer com ele(s) nos períodos em que a família sai para viajar. Afinal, eles se tornam membros da família, se apegam na gente. Todos sentem dor, sede, fome, frio ou calor; e sofrem demais ao serem descartados pura e simplesmente.

Alguns fatos que presenciei: (1) alguém parou um carro bem em frente à Superauto, abriu a porta e jogou para fora um cãozinho; depois saiu em disparada, com o bichinho correndo atrás. (2) na semana passada apareceu lá na empresa um belo cachorro preto, com coleira, mas com a pata machucada. A minha filha tentou localizar o dono, mas acabou doando para um casal de fazendeiros, que assistiram ao nosso drama. (3) é muito comum encontrarmos cachorros aprisionados em pequenos cubículos por toda uma vida, sendo que nasceram para correr e brincar.

E por aí vai!

Como o caso de um cãozinho que a minha filha encontrou na porta de seu edifício, em estado deplorável. Com sinais de que havia sido atropelado, magérrimo e sujo, foi socorrido por ela. Agora imaginem aonde está agora aquele pobre bichinho? Na nossa casa, claro, adotado por todos nós.

Como cachorreiro juramentado, não aceito ver e saber o que é feito impunemente com os bichinhos.

Essas pessoas mal sabem que estão cometendo um CRIME AMBIENTAL.

No no passado arrumei uma polêmica com o humorista Iotti, que publicou uma charge na Zero Hora, onde aparecia em carro seguindo para a praia, e um cãozinho sendo jogado pela janela. O Iotti acabou se retratando, em razão da enxurrada de protestos que chegaram à redação do jornal.

O cara foi de uma ingenuidade absurda, mas mostrou o descaso que as famílias tem para com seus bichos de estimação.

Vamos lutar pela qualidade de vida e dos direitos dos animais!

Boa semana!