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BOM E RUIM. O PDT tem em Lasier seu maior trunfo. Mas é, também, "refém" de seu candidato ao Senado

Lasier, que estará em Santa Maria quarta: o partido virou refém dele, na hora das alianças
Lasier, que estará em Santa Maria quarta: o partido virou refém dele, na hora das alianças

Boa parte dos pedetistas, inclusive parlamentares, gostaria que o partido se alinhasse a Tarso Genro, do PT, na disputa ao Piratini. O grupo, porém, derrotado internamente, viu confirmada a candidatura própria, assumida pelo deputado federal Vieira da Cunha. O principal motor da decisão tomada tem nome, sobrenome e DNA conhecidos: Lasier Martins, radialista conhecido em todo o Estado por sua atuação na RBS e que entrou no PDT para concorrer ao Senado. Exigiu apenas uma coisa: nada de apoiar o petismo, ao qual à mera proximidade lhe provoca erisipela. Isso inclui, claro, além de Tarso Genro para o governo do Estado, Dilma Rousseff à presidência.

É nessa hora, precisamente, que o trunfo representado pela presença de Lasier na chapa majoritária, como candidato (para não poucos o favorito) ao Senado, se transforma em problema a ser administrado. Afinal, o partido, que prometeu ficar longe de Tarso e Dilma, simplesmente não pode ignorar que, nacionalmente, apoia a candidatura da petista. E é isso que está complicando qualquer possibilidade de aliança estadual.

Afinal, com quem se coligar, se as principais possibilidades são antiDilma? Como articular com o PSDB do tucano Aécio Neves (o que agradaria Lasier) ou o PSB de Eduardo Campos (que, aparentemente, deixaria ainda mais feliz o candidato ao Senado)? É exatamente neste momento que ter alguém com esse poder de veto transforma o PDT em refém. Lasier Martins até pode se dar bem, e há quem entenda não haver adversário possível para batê-lo. Mas, no final, poderá ser o único vencedor. E o PDT? Bem…

EM TEMPO: o pedetismo gaúcho busca autorização de Brasília para, dadas as peculiaridades regionais (leia-se, a candidatura Lasier, que odeia o PT), fazer a aliança que quiser. Deverá conseguir. Aí, o problema serão os possíveis aliados, aos quais, além de um palanque dividido, somente poderão oferecer a vaga de candidato a vice-governador. Quem aceitará apenas isso, já que não há garantia alguma de que a base pedetista venha a aceitar facilmente Aécio ou Campos.

EM TEMPO 2: Lasier Martins, por seu turno, continua em campanha pelo interior, mesmo que não tenha sido ainda oficialmente indicado pelo partido. Passará, por exemplo, toda a quarta-feira em Santa Maria, para contados com lideranças locais, ciceroneado pelo vereador e pré-candidato a deputado federal Marcelo Bisogno.

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Um Comentário

  1. até que ponto chegam os partidas a se curvarem a uma pessoa, que a meu ver é cia da RBS e ditadura.
    Eu já fui simpatizante ao PDT anos atrás, mas depois dessa eu tenho certeza de minha atitude em me afastar, pois esse cidadão me causa erisipela, pela sua soberba

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