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ELEIÇÕES 2014. Embate interno do PMDB/RS tende a ser decidido voto a voto. Hoje, Sartori seria favorito

Uma coisa é o discurso da unidade. Absolutamente necessário, seja para animar a militância ou desorientar os adversários. Outra, bem diferente, é a realidade da luta interna, que pode ser mais ou menos forte, e oferecer mais ou menos consequências – que serão ou não prejudiciais, na hora do embate das urnas de outubro.

Sartori: se a decisão de hoje, 60% a 40%
Sartori: se a decisão de hoje, 60% a 40%

Com isso convive, no momento, o PMDB, um dos maiores partidos gaúchos e que, exceção feita ao atual governo petista, esteve na periferia (ou no centro) do poder executivo estadual por muitos e muitos anos – e governos. Fossem dele próprio ou, recentemente, do PSDB de Yeda Crusius.

Mas, como terminará a disputa entre as duas correntes que se digladiam pela candidatura do PMDB ao Governo do Estado, e que terminará, acredita-se, na pré-convenção marcada para o próximo dia 15? Conforme fontes do partido que preferem não se identificar (afinal, não é de bom tom admitir derrota ou considerar-se vitorioso, nesse momento) se o evento decisivo fosse hoje, José Ivo Sartori, ex-prefeito de Caxias do Sul, seria consagrado o concorrente peemedebista ao governo gaúcho.

Teria, chegou a dizer um dos ouvidos pelo editor, 60% dos votos. Imagina-se que 1,2 mil pré-convencionais (o número foi agrandado pela participação de prefeitos, vices e vereadores do partido, no Estado) compareçam. É um mundaréu de gente a ser convencida até o dia 15. Portanto, não é impossível que Paulo Ziulkoski, o outro oponente, emparelhe o jogo e a decisão se dê na boca da urna. Quem sabe até com a vitória dele.

Ziulkoski: militância que sabe como fazer
Ziulkoski: militância que sabe como fazer

A pré-convenção acontece das 9 da manhã às 3 da tarde do dia 15, no Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa. É bastante improvável um acordo, pois as correntes se mostram inconciliáveis. Os discursos podem ser os mais variados, mas na verdade, o que move as duas candidaturas é o cenário nacional. Enquanto Sartori já disse não querer saber de apoiar Dilma Rousseff à presidência (embora o vice seja o presidente nacional licenciado do PMDB, Michel Temer), e optaria por uma neutralidade (como ocorreu em 2010), Ziulkoski e seus aliados se alinham à postura de que o partido deve, sim, apoiar Temer – e, por consequência, a petista Dilma. É isso, e só isso. O resto é firula.

Quem vai levar, dentro de 12 dias? Bueno, o editor não se arrisca. Se Sartori tem o apoio da maior parte do chamado establishment, Ziulkoski conta com um grupo que o que mais sabe é fazer a chamada política “da base” – indo ao encontro direto com os eleitores internos. Então, é aguardar pra ver.

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2 Comentários

  1. Faço minhas as palavras do companheiro Guilherme Rodrigues, Presidente da nossa Associação Nacional dos Procuradores Municipais – ANPM

  2. O falso discurso de municipalista não se sustenta. Vivemos numa república, e não se admite a ideia de que cargos estratégicos para fortalecimento dos mecanismos de controle dos atos da administração sejam ocupados exclusivamente por comissionados ou por escritórios contratados. É o que Ziulkoski defende quando, através da CNM, pediu à senadora Ana Amélia para emperrar a aprovação da PEC 17/2012 que exige que todos os municípios tenham procuradores concursados.
    A imoral e inconstitucional emenda apresentada pela senadora Ana Amélia admite a obrigatoriedade apenas para os municípios com mais cem mil habitantes, o que na prática não atinge nem 10% dos municípios brasileiros. Tudo vai ficar como antes… é um convite à corrupção.
    A PEC 17 defende a moralidade ao exigir a seleção de procuradores por concurso público, o que permite a defesa do patrimônio municipal e o controle da legalidade dos atos administrativos, sem os vícios próprios dos apadrinhados e apaniguados, infelizmente ainda vistos na realidade brasileira. Aliás, o concurso já e exigido pela Constituição (art. 37, II) para todos os servidores. A PEC 17 apenas reforça a necessidade da carreira para aqueles profissionais que têm a missão institucional de defender a coisa pública.
    É uma vergonha deixar a defesa dos interesses municipais a cargo de apaniguados, abrindo brechas para ilegalidades e para corrupção. Esse modelo de municipalismo do Ziulkoski defende a velha política, a do apadrinhamento, das fraudes nas licitações. É uma visão antirrepublicana que não se preocupa com a gestão responsável dos recursos públicos. O procurador municipal de carreira, escolhido em concurso público, assegura a todos os cidadãos o respeito à lei e à Constituição, além da necessária isenção política no trato das questões municipais.
    Na verdade, o grande temor é que o trabalho dos procuradores municipais concursados e organizados em carreira garanta aplicação do dinheiro público de acordo com a lei, sem desvios, seja na atividade consultiva de apoio aos prefeitos, seja na esfera judicial. Os prefeitos comprometidos com a legalidade e com a gestão moderna encontram nos procuradores municipais concursados, organizados em carreira, o apoio necessário para atender aos anseios da população com qualidade e eficiência.
    Conclamo a todos os honrados cidadãos de bem que não mais suportam conviver passivamente com tanta corrupção nos pequenos municípios, que se juntem à luta da ANPM para por um fim nesses imorais esquemas de favorecimento e apadrinhamento político, incluindo este ponto na pauta de reivindicação nacional das próximas manifestações de rua – “SIM AO CONCURSO PÚBLICO – APROVAÇÃO DA PEC 17.”
    Guilherme Rodrigues – Presidente da Associação Nacional dos Procuradores Municipais

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