Ok, ok, ok. A carga tributária brasileira é “a maior do mundo”, obscena, etc etc etc. Há controvérsias, mas fiquemos assim, com essa versão – tornado um mantra dos que querem o Estado mínimo (desde que as benesses seja só pra eles, claro). Está certo. É mesmo pornográfica essa coisa de pagar imposto, no Brasil.
Mas, e quanto os caras sonegam os tubos? Ou, no caso, mais que o Orçamento nacional de Saúde e Educação, somados? Pois isso aconteceu em 2013 – aquele ano que terminou agora há pouquinho. Quer saber mais? Confira a reportagem de Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual, reproduzida pelo jornal eletrônico Sul21. A seguir:
“Sonegação de impostos no Brasil supera orçamentos de Educação e Saúde
A sonegação de impostos no Brasil superou R$ 415 bilhões em 2013. O valor corresponde aproximadamente a 10% de toda a riqueza gerada no país durante o período e é maior que os orçamentos federais de 2014 para as pastas de educação, desenvolvimento social e saúde, somados. Neste ano, o total de impostos e tributos não recolhidos já se aproxima dos R$ 68 bilhões. Os dados são do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), que organiza o painel Sonegômetro.
O serviço calcula, a partir de estudos daquela entidade, o total de impostos e tributos que deveriam, mas não são pagos, por obra das chamadas pessoas jurídicas, isto é, empresas em geral, de todos os ramos e tamanhos. Para comparação, o programa social do governo federal Bolsa Família tem R$ 24 bilhões ao ano para atender 14 milhões de famílias. Portanto, o que foi sonegado no ano passado equivale a 17 anos do programa.
Ainda segundo o Sinprofaz, a soma dos tributos devidos pelos brasileiros, constantes na Dívida Ativa da União, ultrapassa R$ 1,3 trilhão, quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 que foi de R$ 4,84 trilhões.
O estudo do sindicato se baseia em dados da Receita Federal, outras análises específicas sobre cada tributo, para então elaborar uma média ponderada. Os tributos não pagos são relativos a impostos diretos – aqueles que não estão embutidos em produtos – como Imposto Sobre Serviços (ISS), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por exemplo. E escancaram a diferença com que o sistema tributário brasileiro atua sobre ricos e pobres…”
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Vamos fazer uma campanha para os micro, pequeno, médio, agro e mega sonegadores pararem de sonegar? Mas sem máscaras.
É isso aí. Aqui em Santa Maria existe um empresário que vocifera quase diariamente sobre os altos impostos.
Certamente ele não é um desses sonegadores, mas não custaria nada os fiscais fazendários realizarem uma devassa em sua empresa para atestarem sua idoneidade.