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PIRATINI. São 5 nomes à sucessão de Tarso, entre eles o próprio. Alianças vão definir quem tem chance

José Ivo Sartori, festejado pelos peemedebistas, era a peça importante que faltava ao jogo
José Ivo Sartori, festejado pelos peemedebistas, era a peça importante que faltava ao jogo

A escolha, no sábado, de José Ivo Sartori, ex-prefeito de Caxias do Sul, como o candidato do PMDB à sucessão estadual, permite ter uma ideia mais clara do quadro eleitoral gaúcho. Há cinco nomes já colocados no cenário, dos quais um, Roberto Robaina, do PSOL, embora possa fazer votação razoável, efetivamente não tem chance alguma de vitória.

Os outros quatro, porém, se colocam como pretendentes competitivos para o pleito que escolherá o governador do Estado. Suas chances, no entanto, serão maiores ou menores conforme as alianças que montarem e que determinarão, por exemplo, o tempo a ser usado no trololó eletrônico.

Aparentemente, o primo pobre do quarteto é o deputado federal Vieira da Cunha, do PDT. Até agora, por exemplo, não conseguiu apoios de outros partidos capazes de lhe garantir maior visibilidade. E se escora, basicamente, na popularidade (a ser testada nas urnas) do radialista Lasier Martins, que concorre ao Senado. Pode ser muito pouco. Tende a ser, aliás.

Desta forma, se colocam como principais desafiantes do atual governador, Tarso Genro, que tenta ampliar a sua base de apoio para além dos partidos habituais, trazendo junto o PTB e, quem sabe o PSD (ambicionado, menos por seus votos, mais pelo tempo de rádio e TV, por todos os demais), a senadora Ana Amélia Lemos (PP) e o recém-chegado Sartori.

Ana Amélia pode dar palanque para a candidatura nacional de Aécio Neves, do PSDB. Inclusive porque o PSB, de Eduardo Campos, enfrenta problemas internos (por conta de Marina Silva) para aderir ao projeto conservador da concorrente pepista. Aos “socialistas” resta negociar com o PMDB, de Sartori. E esse é, embora as dificuldades naturais na montagem de chapa, o cenário mais provável, no campo oposicionista.

Resumindo: o PT e seus aliados (e talvez o PSD, taaalvez), com Tarso Genro e o apoio de Dilma Rousseff; o PP (e o PSDB de Aécio), com Ana Amélia Lemos; o PMDB (e o PSB de Campos), com José Ivo Sartori; o PDT (com aliados ainda indefinidos), com Vieira da Cunha. Esse é, hoje (hooooje), o desenho da briga sucessória no Rio Grande do Sul.

Em tempo: Robaina, pela esquerda-esquerda, deve concorrer. É improvável, mas não impossível, que outro minúsculo se apresente, pela direita-direita. E as demais siglas? Bem, essas vão negociar seu apoio conforme as circunstâncias. Mas serão periféricos – inclusive o outrora forte DEM.

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