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ENTREVISTA. Mídia faz a “anti-política”, o que gera “desigualdade” nas eleições. Quem diz é Tarso Genro

Tarso Genro: mídia faz a desconsideração consciente das instituições políticas e dos partidos
Tarso Genro: mídia faz a desconsideração consciente das instituições políticas e dos partidos

Traduzindo: a mídia tem seus interesses e os candidatos que a eles se coadunam acabam beneficiados, direta ou indiretamente, pelos veículos. Que, sim, fazem política. É isso e bem mais um pouco o que disse o governador Tarso Genro, em entrevista originalmente publicada no jornal eletrônico Sul21.

O governador se referiu, ainda que não diretamente, também à pesquisa eleitoral contratada pela RBS e feita pelo Ibope. Mais detalhes você tem na reportagem assinada por Marco Weissheimer, com foto de Caroline Bicocchi, do Palácio Piratini. A seguir:

Tarso Genro: “anti-política da mídia gera graves desigualdades eleitorais”

“A anti-política, presente nos grandes  meios de comunicação dominantes do país, é uma  forma refinada de fazer política, que gera graves desigualdades nas disputas eleitorais, no âmbito da democracia, como estamos vendo aqui no Rio Grande do Sul”. A afirmação é do governador Tarso Genro (PT) que, em entrevista ao Sul21, aponta aquelas que considera ser as principais premissas da disputa eleitoral este ano no Estado. O chefe do Executivo não quis comentar diretamente o resultado da pesquisa Ibope, contratada pela RBS, divulgada neste fim de semana e que coloca dois ex-jornalistas da empresa, Ana Amélia Lemos (PP) e Lasier Martins (PDT), na liderança das disputas para o Piratini e o Senado, respectivamente, mas criticou a distorção que essas candidaturas de personalidades midiáticas causam na política.

“A campanha eleitoral destes indivíduos, às vezes transita por décadas, contra aqueles que estão nas agruras do dia-a-dia, na ação política, expondo-se na plenitude do debate democrático e arriscando, frequentemente, o seu patrimônio moral e material e, não raro,  atacados, com ou sem causa, pela grande mídia”, diz Tarso Genro.

Qual sua avaliação sobre o resultado a pesquisa Ibope divulgada neste final de semana pela RBS?
Tarso Genro: Não vou comentar a pesquisa sobre a disputa sobre o Governo do Estado porque,  neste momento, acho mais importante discutirmos as premissas políticas mais amplas, sobre as quais se realiza esta eleição, do que as preferências  eleitorais momentâneas. As eleições deste ano serão atípicas, pois, ao mesmo tempo que  sofremos um efeito brutal da crise mundial, que nos atinge todos os dias, a oposição não tem qualquer credibilidade para vencer e governar o país. Nas eleições anteriores, os efeitos da crise do capitalismo ainda atingiam pouco o Brasil, mas agora eles estão cobrando a conta. Precisam extorquir dos Brics – através de um novo surto de elevação dos juros – os avanços que conquistamos no último período, para assim  financiar a  recuperação das suas economia deterioradas.

E quais seriam essas premissas políticas mais amplas que estariam no centro da disputa eleitoral de 2014?
Tarso Genro: É visível que, tanto aqui no Estado, como nacionalmente, não só os candidatos alinhados com o patrimônio político do PT e de Lula estão sob ataque, desta vez, articulado e muito mais pesado do que em outras oportunidades. Mas é visível, também, que se amplia o processo de desmoralização das instituições políticas de Estado e dos partidos em geral, promovido conscientemente pela grande mídia…”

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2 Comentários

  1. Nao saber perder, isso é ignorância política,basta ser mais empático e menos arrogante, esses anos todos de vida pública não o ensinou, uma pena, pois é uma pessoa que ainda admiro na vida pública

  2. A velha questão do bodoque X vidraça. me parece evidente que existem vidraças e bodoques (estilingue para os "cola fina") que tem maior ou menor poder de resistência ou de destruição, principalmente em uma sociedade tradicional e conservadora como a nossa, mas por falar em diferenças e desigualdades, Que tal o "BURACÃO" que o Sr criou entre os níveis da Segurança Pública no RS em Dr Tarso? Vendeu a alma de bons (muito bons) cabos eleitorais, outubro responderá.

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