
Claro que há controvérsias. E os que pensam diferente. Este editor, porém, tem escassas dúvidas. A grande passeata ocorrida em 16 de abril de 1984, em São Paulo, pode ter sido insuficiente para garantir, em seguida, o retorno das eleições diretas para a Presidência da República. No entanto, foi suficientemente forte para mostrar à ditadura a quantas andava o humor popular e permitir que, ainda que indiretamente, um presidente da oposição (Tancredo Neves) fosse eleito, no ano seguinte, pelo Congresso Nacional.
Também há quem diga ter sido 1,3 milhão o número de participantes, contra o 1,5 milhão constatados pela Polícia Militar paulista. Não importa. É muuuuita gente, de todo modo. Ah, e o que a mídia noticiou a respeito? Vale conferir o que dizia a seção “ “Hoje na História” da falecida versão impressa do Jornal do Brasil, em 16 de abril de 2010. Traz um bom resumo daquele ato. A seguir:
“Diretas Já! reúne 1 milhão e 300 mil pessoas
No vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, 1 milhão 300 mil pessoas (1 milhão e 500 mil, segundo a Polícia Militar) reuniram-se no último e maior comício realizado no Brasil pela aprovação da emenda Dante de Oliveira, que restabeleceria eleições diretas para Presidente da República imediatamente. O povo reuniu-se às 17h30 na Praça da Sé e começou a dispersar-se cerca de três horas depois.
Além de Franco Montoro, de São Paulo, compareceram à passeata pelo centro da cidade os então governantes do Rio, Leonel Brizola, e de Minas Gerais, Tancredo Neves, os quais passaram momentos de tensão quando ficaram espremidos no meio da multidão. Montoro e Brizola foram vaiados alguns momentos antes de seus discursos. Tancredo Neves, o primeiro a falar, no entanto, foi muito aplaudido quando disse: “Chegou a hora de libertarmos esta pátria desta confusão que se instalou no país há 20 anos” e seguiu defendendo a aprovação da emenda no Congresso, afirmando que os parlamentares que votassem contra ela deveriam se retirar da Casa, já que não representavam mais a vontade do povo.
Em Brasília, o Presidente João Figueiredo, declarou numa reunião com senadores que as eleições diretas não aconteceriam imediatamente (em novembro do mesmo ano, como queria a Emenda Dante de Oliveira). “Não teremos eleições diretas já”, anunciou ele no Palácio do Planalto…”
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